Fundada em 1982, a Escola Superior Artística do Porto (ESAP) vai deixar o Largo de São Domingos, no centro histórico, com o qual mantinha uma relação “umbilical” e muda-se para as Antas, em frente à Escola Artística Soares dos Reis.

A ESAP está a reabilitar uma antiga fábrica de têxteis e será construído ao lado um edifício de raiz. As novas instalações vão ocupar uma área bruta total de 8.413 metros quadrados e a entrada principal será pela Rua Major David Magno.

A ideia central é a “realização de um equipamento fortemente caracterizado pela utilização coletiva dos diferentes espaços”, afirma a diretora académica da ESAP, Eduarda Neves, em respostas por escrito enviadas ao JPN. Assim, os “espaços exteriores serão complementares dos interiores”, completa.

As obras começaram este ano e, em setembro, a “esmagadora maioria dos espaços já estarão concluídos para receber alunos, corpo docente, apoio administrativo e demais valências operacionais”, segundo Eduarda Neves. A conclusão das obras está prevista para o final de 2022.

A mudança de instalações “trará condições físicas mais próximas” do que a ESAP considera “ser necessário e oportuno para um ensino superior de excelência no território da arte, arquitetura e investigação”, afirma a diretora.

No edifício que está a ser reabilitado serão albergados os serviços administrativos e de gestão da Cooperativa de Ensino Superior Artístico do Porto (CESAP), salas de aulas, ateliês, oficinas, laboratórios, um auditório, a galeria de Exposições e a biblioteca.

A ESAP é uma instituição que pertence à Cooperativa de Ensino Superior Artístico do Porto e tem mais de 300 alunos. A Escola oferece cinco licenciaturas, três mestrados, sete pós-graduações e formação contínua. 

No edifício que será criado de raiz ficará o bar, cantina, estúdio, laboratório, auditório, serviços académicos e administrativos da ESAP, centros de estudos e investigação, gabinetes de docentes e uma residência universitária que albergará 46 quartos.

A proximidade com a Escola Artística Soares dos Reis trará “vantagens” não só pela proximidade geográfica, mas também por o “ensino das artes constituir a grande motivação comum”.

“Lecionamos ciclos de estudo diferentes pelo que os alunos do ensino secundário podem mais facilmente encontrar vantagem em continuar a estudar numa escola com a qual, durante a frequência do ensino secundário, já foram estabelecendo relações de proximidade”, explica.

Desta forma, a parceria já existente será “brevemente mais aprofundada”. Sem querer adiantar detalhes, Eduarda Neves, explica que há a “possibilidade” de ser criado um cluster dedicado às Artes”.

Atualmente a funcionar em dois edifícios (um no Largo de São Domingos e outro na Rua de Belomonte), o edifício no Largo de São Domingos será mantido pela ESAP e o da Rua de Belmonte será vendido, segundo Eduarda Neves.

Artigo editado por Filipa Silva