Histórico de violência, ruído e vandalismo levaram o Ministro da Administração Interna a determinar o encerramento imediato da discoteca, localizada na Rua da Alegria, no Porto.

O Eskada Porto estava aberto na Rua da Alegria desde 2013. Imagem: Google Maps

O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, assinou no domingo um despacho que determina o encerramento imediato da discoteca Eskada, no Porto. A informação foi avançada pelo “Jornal de Notícias” e confirmada pelo JPN junto de fonte oficial do MAI.

A ordem decorreu de uma recomendação apresentada ao MAI pela Polícia de Segurança Pública (PSP). Tem efeitos imediatos e só será revogada se os proprietários do estabelecimento adotarem várias medidas, que terão de ser depois verificadas pela PSP, pela Proteção Civil e pela autarquia.

O despacho, a que o “JN” teve acesso, refere “frequentes incidentes com grave perturbação da ordem pública” nos últimos dois anos e destaca como incidentes mais graves “alegadas agressões envolvendo funcionários ou seguranças privados da discoteca e episódios entre clientes – com vários deles a receber assistência hospitalar”.

O MAI solicitou ainda uma inspeção ao local pela Proteção Civil para verificar se o espaço cumpre normas de segurança contra incêndios. À autarquia, que foi ouvida e apoiou a decisão do MAI, foi pedida uma avaliação sobre a lotação da discoteca.

O Eskada tinha portas abertas na Rua da Alegria desde 2013. Funcionava todas as noites, exceto terças e domingo, das 23h59 às 06h00. 

Eskada reconhece “situações anormais”

Num comunicado publicado esta segunda-feira (25) nas redes sociais, o grupo que detém o Eskada rejeita que este seja “um espaço de violência e delinquência”. Contudo, admite que “nos últimos tempos algumas situações anormais aconteceram”.  “A esmagadora maioria”, acrescentam, terão ocorrido “fora do estabelecimento sem qualquer ligação ao Espaço Eskada ou aos seus funcionários”, garantem.

A gerência do grupo refere ainda que “por diversas vezes” solicitou “apoio às autoridades de segurança pública sem sucesso”.

Agora, o grupo diz estar a trabalhar “intensamente” com as autoridades “para poder restabelecer as condições, que entendam necessárias, para a reabertura urgente do Eskada Porto.”

“Dezenas de postos de trabalho” podem estar em causa, advertem na mesma nota.