Ministério Público pede prisão preventiva para Fernando Madureira e Hugo Carneiro e prisão domiciliária com pulseira eletrónica para Vítor Catão. As diligências de investigação, no âmbito da Operação Pretoriano, estão relacionas com os incidentes ocorridos durante a Assembleia Geral (AG) Extraordinária do Futebol Clube do Porto de 13 de Novembro.

Medidas de coação deverão ser conhecidas por volta das 16 horas. Foto: Fiona Valoi/JPN

As medidas de coação dos 12 detidos, no âmbito da Operação Pretoriano, vão ser conhecidas esta quarta-feira (7), no Tribunal de Instrução do Porto (TIC). A decisão do juiz de instrução Pedro Miguel Vieira vai ser anunciada por volta das 16 horas.

Na terça-feira (6), o Ministério Público (MP) pediu prisão preventiva para Fernando Madureira, líder dos Super Dragões, e Hugo Carneiro, conhecido como “Polaco”, e prisão domiciliária com pulseira eletrónica para Vítor Catão, antigo presidente do São Pedro da Cova e adepto do FC Porto. No caso de Fernando Saúl e Tiago Aguiar, ambos funcionários do FC Porto, o MP pediu a proibição de contactos com ofendidos e arguidos. Para os restantes, o Ministério Público pede a proibição de contactos com arguidos e testemunhas, apresentações periódicas semanais e a interdição de acesso a recintos desportivos.

No final da audiência, na qual o MP anunciou as promoções, seis dos nove arguidos, que ainda estavam detidos, foram libertados. Os arguidos Tiago Aguiar, António Moreira de Sá e Carlos Nunes já tinham sido libertados, durante o fim-de-semana.

Em declarações aos jornalistas, Adélia Moreira, advogada de José Pereira, membro da claque portista, disse não concordar com as medidas de coação pedidas pelo Ministério Público. “Eu não concordei com as medidas que foram propostas para o meu cliente. Quanto aos outros, não vou [falar]. Foram algumas proibições de contacto, apresentações semanais, mas não temos decisão, portanto vamos esperar.” afirmou aos jornalistas.

Já Cláudia Andrade e Jorge Filipe Correia, advogados de Tiago Aguiar e José António Sá, respetivamente, consideraram adequadas as promoções apresentadas pelo Ministério Público. “Era o espectável. Vai ficar indicado pelo crime de ofensas corporais […]. Pelo menos, foi essa a promoção da senhora procuradora”, disse Cláudia Andrade aos jornalistas.

As diligências de investigação estão relacionas com os incidentes ocorridos durante a Assembleia Geral (AG) Extraordinária do Futebol Clube do Porto de 13 de Novembro. Em causa, segundo a Procuradoria-Geral Distrital do Porto, estão “crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coação agravadaameaça agravadainstigação pública a um crime, arremesso de objeto ou de produtos líquidos e atentado à liberdade de informação“.

Editado por Inês Pinto Pereira