O partido Volt posiciona-se “no centro moderado entre o PS e o PSD”. Ao JPN, Inês Bravo Figueiredo, cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Lisboa, acredita que “é possível eleger nestas legislativas”.

O partido pan-europeu está presente em 31 países da Europa. Foto: Partido Volt

Com estatutos diferentes de outros partidos em Portugal, o Volt é liderado por dois co-presidentes, Ana Carvalho e Duarte Costa. Com 29 anos, Inês Bravo Figueiredo é a mais nova representante nacional de um partido, e apesar de fazer parte da direção, foi eleita por votação direta pelos membros do partido para ser “porta-voz” nestas legislativas.

Com mais de 400 membros espalhados pelo país e cerca de 200 envolvidos ativamente na campanha, o Volt está focado em oito grandes áreas prioritárias: emprego e economia, habitação, “mais União Europeia”, “boa gestão pública”, saúde, educação, mobilidade e alimentação.

Dentro destas áreas, o partido promete “trazer para Portugal empregos e ter um salário médio ao nível europeu”. A cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Lisboa acredita ser “um objetivo ambicioso, mas possível” se forem apresentadas “políticas muito bem pensadas nesta área.” A “segunda prioridade do partido” é resolver a crise habitacional. Sendo um partido pan-europeu, outra grande prioridade do Volt é “ aproximar Portugal da Europa e tornar a Europa mais democrática”.

Outras medidas passam pela melhoria da “qualidade da gestão pública”. Na saúde, prometem responder à crescente procura e o “apoio ao envelhecimento saudável”. O Volt quer ainda “inovar” na educação, ter uma“mobilidade mais sustentável” nos transportes públicos e assegurar o “acesso a alimentos saudáveis e sustentáveis“.

Durante a campanha, o partido tem realizado diversas ações, desde arruadas tradicionais até eventos mais específicos. Durante a primeira semana de campanha, realizaram uma gincana para destacar “dificuldades da burocracia” em Portugal.

Recentemente, o partido apresentou também, através das redes sociais, as contas relativas ao programa eleitoral.“Fizemos as contas do nosso programa eleitoral, ou seja, fomos calcular quanto é que cada medida custava e irá custar ao Estado se fosse implementada.”, referiu. Depois desta ação, deixaram um apelo para que outros partidos apresentassem as contas dos seus programas.

Além destas medidas, o grande objetivo destas eleições é “eleger um deputado”. Note-se que, nas legislativas de 2022, o Volt obteve 6.245 votos (0,11%).

A número um do Volt por Lisboa afirmou ao JPN que, apesar de estarem “dedicados a 100% às legislativas”, o objetivo seguinte passa pelas europeias. O partido pan-europeu está presente em 31 países da Europa, onde tem mais de 130 deputados eleitos. Inês Bravo Figueiredo caracteriza o partido como uma “inovação democrática“.

Editado por Inês Pinto Pereira