Os Lobos vão voltar a encontrar a Geórgia pelo segundo ano consecutivo na final do Rugby Europe Championship. João Mirra diz à Lusa que o jogo é "para ganhar".

Portugal e Geórgia lutam este domingo pelo trofeu europeu de seleções.É já no domingo (17) que a seleção de Portugal de râguebi vai jogar a sua segunda final consecutiva do Rugby Europe Championship (REC) frente à seleção da Geórgia. Depois da final perdida em Badajoz por 38-11, no ano passado, desta vez o confronto decisivo joga-se no Stade Jean Bouin, em Paris. Foto: FPR/Facebook

A missão dos lobos será muito difícil, mas não impossível. Nos diferentes formatos que o campeonato europeu das nações já assumiu, a Geórgia é a seleção com mais títulos: 15 no total da sua história. Já Portugal tem no seu histórico um título no torneio (também conhecido como Seis Nações B), conquistado em 2003/2004.

No último confronto entre as duas equipas, no Mundial do ano passado, o resultado foi um empate (18-18).

O REC é o principal escalão europeu a seguir ao torneio “exclusivo” (de caráter privado) das Seis Nações, o torneio anual que engloba Escócia, França, Inglaterra, Irlanda, Itália e País de Gales. 

Os jogadores convocados nos Lobos

João Mirra e Daniel Hourcade fizeram uma pré-convocatória com 36 jogadores. Entre eles estão Tomas Appleton, Pedro Bettencourt, Rodrigo Marta, Simão Bento, Raffaele Storti, o regressado Nuno Sousa Guedes, entre outros. A convocatória inclui todos os jogadores que defrontaram o último jogo frente à equipa espanhola, que Portugal derrotou nas meias-finais por 33-30.

De fora, ficam Diogo Hasse Ferreira devido a lesão. 

O Stade Jean Bouin em Paris, é o palco do Men’s Rugby Europe Championship Foto: Facebook Stade Jean Bouin

Os Lobos estão determinados a recuperar o título que lhes foge desde 2003/2004. O jogo será num campo de relva sintética que tende a favorecer o estilo de jogo rápido e ágil da equipa lusa, por isso, tem motivos para estar confiante na vitória, apesar do favoritismo atribuído aos georgianos. O confronto promete ser uma batalha entre estilos contrastantes, com a Geórgia a apostar numa abordagem direta e física, enquanto Portugal explora a sua velocidade e agilidade. A final do Campeonato será um teste de estratégias, talento e determinação.

À agência Lusa, na antevisão do encontro de domingo, João Mirra garantiu que “a ideia é ganhar” a final do REC24 e que a equipa terá, para isso, de “saber lidar com essa pressão”. “Sabemos que vamos encontrar uma equipa supercompetente, supercompetitiva, mas não se mete tanto trabalho e tanta energia em algo se não for para ganhar”, afirmou o técnico português.

Geórgia vai jogar com grande robustez

Os Lelos, como são conhecidos os georgianos, vão seguramente apostar na sua melhor formação. Davit Niniashvili e Vasile Lobzhanidze deverão reintegrar o 15 dos georgianos, juntamente com Beka Gorgadze, Tornike Jalagonia e Giorgi Tsutskiridze. Todos estes jogadores podem oferecer uma boa solução à 3ª linha. Os três jogadores que estão lesionados e não vão jogar são Gela Aprasidze, Shalva Mamukashvili e Lasha Jaiani.

Na antevisão do jogo entre Portugal e Geórgia, o treinador dos georgianos, Richard Cockerill, elogiou Akaki Tabutsadze, a estrela da equipa, descrevendo-o como “fora do comum” e comparando-o ao inglês Jonny May, famoso por sua habilidade em marcar ensaios com facilidade. Com apenas 26 anos, Tabutsadze já marcou 35 ensaios em 39 jogos pela seleção, aproximando-se do recorde de May de 36 ensaios em 78 partidas. Cockerill destaca a imprevisibilidade de Tabutsadze e sua capacidade de encontrar o caminho até à linha de ensaio, semelhante ao estilo de May.

Além de Tabutsadze, a Geórgia também conta com Davit Niniashvili, outro jogador perigoso, que está recuperado de lesão. 

O jogo entre Portugal e a Geórgia será transmitido na SporTV e na Rugby Europe TV, a partir das 20h00 de domingo.

Editado por Filipa Silva