Dragões emitiram dois comunicados com esclarecimentos sobre o negócio de venda à Legends da exploração comercial do Estádio do Dragão.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) decidiu, esta quarta-feira (03), levantar a suspensão da negociação das ações do FC Porto – Futebol, SAD, que tinha determinado no dia anterior, depois de os portistas terem divulgado “informação relevante” ao mercado.

Na manhã seguinte à emissão de uma entrevista do presidente do FC Porto, Pinto da Costa, à SIC, a CMVM decidiu suspender a transação de ações do FC Porto. Sem fazer referência aos aspetos concretos que levaram à decisão, a entidade pediu esclarecimentos públicos à SAD portista.

Em resposta, o FC Porto emitiu um primeiro comunicado na terça-feira de manhã dando nota de três informações: o clube “espera fechar definitivamente o contrato com uma reputada empresa internacional, com reconhecida experiência na otimização das receitas comerciais relacionadas com grandes equipamentos desportivos, até 30 de junho de 2024”; a expectativa de melhorar os capitais próprios do clube em 60 ou 70 milhões de euros na decorrência desse negócio e ainda a indicação de que “está a negociar uma reformulação da sua dívida de médio e longo prazo, num montante estimado de 250 milhões de euros, a uma taxa de juro competitiva”.

Após este primeiro comunicado, a SAD portista teve de fazer sair um segundo comunicado, ao fim do dia, com algumas indicações adicionais relativas ao negócio da exploração comercial do estádio, operação que o clube anunciou pela primeira vez em novembro e que envolve a empresa Legends.

Com vista a esclarecer a CMVM, o FC Porto fez saber que “prevê que a assinatura do contrato com a empresa internacional venha a ser realizada durante o mês de abril”, sendo o valor do negócio “registado de imediato” nas contas da SAD ainda que o pagamento “possa não ser feito de forma integral no momento da assinatura”, refere o clube. A isto, os portistas acrescentam que será criada uma “nova empresa que terá como objeto a exploração das receitas comerciais diretamente relacionadas com o Estádio do Dragão, sendo as mais relevantes o Corporate Hospitality, a bilhética, o Naming do estádio e outras ainda em negociação”.  empresa da qual o novo parceiro do FC Porto receberá “previsivelmente 30% a título de dividendos, do resultado gerado pelos referidos negócios, com total partilha de risco”.

Já sobre a reestruturação da dívida, os dragões referem que estão ainda em fase de auscultação do mercado “pelo que não pode concretizar detalhes da operação, como taxas de juro e/ou contrapartidas associadas”.

Editado por Filipa Silva