Triunfo suado por parte dos dragões na primeira mão da Taça de Portugal frente à equipa do Vitória de Guimarães, num jogo com muitas interrupções. Cabeçada de Pepê colocou os portistas em vantagem, nas meias-finais.

O FC Porto venceu esta quarta-feira (3) a primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal frente ao Vitória SC, por 0-1. Com este triunfo, os dragões estão mais perto de seguir para a final do Jamor.

Mesmo antes do apito inicial, estava previsto um duelo bem disputado entre o terceiro e o quinto classificado do campeonato. A não ser na baliza, em que Bruno Varela entrou para o lugar de Charles, a equipa da casa não sofreu mudanças em relação ao jogo com o Moreirense. Já Sérgio Conceição teve de fazer alterações devido às expulsões de Diogo Costa e Francisco Conceição no jogo com o Estoril. Colocou Cláudio Ramos na baliza, no ataque deu uma oportunidade a Gonçalo Borges e colocou Jorge Sanchez no lugar de João Mário no centro do terreno.

Os dragões começaram num habitual 4x2x3x1. No 11 inicial alinharam Claúdio Ramos na baliza, Pepe, Otávio, Jorge Sanchez e Wendell na defesa; os médios Pepê, Alan Varela e Nico Gonzalez. Já na frente Evanilson, Gonçalo Borges e Galeno. Por parte do Vitória de Guimarães, a tática foi 4x3x3. O 11 inicial na baliza, Bruno Varela, na defesa, Manu, T. Borevkovic, Tomás Ribeiro e Ricardo Mangas. Os médios Bruno Gaspar, Tiago Silva e Tomás Handel. E os avançados foram Jota Silva, Nelson Oliveira e João Mendes. A arbitragem  esteve a cargo de Nuno Almeida.

Inicio da partida com poucos lances para golo

O ritmo foi baixo nos 12 minutos iniciais. Ao minuto 14′, um choque violento entre Ricardo Mangas e Jorge Sanchez levou à interrupção o jogo por 9 minutos. Quando o encontro foi retomado, o Vitória manteve o bloco baixo e a transição defensiva muito forte. Foram constantes as interrupções por parte do árbitro Nuno Almeida. Aos 45 minutos, um choque de Gonçalo Borges com o guarda-redes Bruno Varela levou o árbitro a rever o lance pelo vídeo-árbitro, mas optou por não marcar penálti.

O árbitro deu nove minutos de compensação, devido ao tempo que o jogo esteve parado, e foi já nesse período que se registaram os primeiros lances de perigo: primeiro por Nico González, com um cabeceamento que levou a bola a passar muito perto da trave e depois por Alan Varela, cujo remate, de fora da área, passou perto também da trave do Vitória.

Depois foi a vez dos vitorianos, quando já tinham passado seis minutos de compensação, um pontapé de João Mendes levou perigo à baliza portista, mas Cláudio Ramos resolveu. Jorge Sanchez levou cartão amarelo por falta sobre Jota Silva mesmo antes do intervalo. Os remates à baliza foram poucos, mas com mais domínio por parte dos portistas.

Segunda parte começa sem substituições

Já na segunda parte, aos 51′, num cruzamento de Nico, Pepê marcou de cabeça o golo do FC Porto, num lance em que o guarda-redes Bruno Varela não esteve bem.

O FC Porto foi quem pressionou mais e a tentou marcar de novo, já o Vitória na segunda parte mais ao ataque, mas sem criar muitas ocasiões de perigo. Aos 71´mais um cartão amarelo, desta vez para Borevkovic, com protestos dos jogadores portistas, que pediram vermelho, por mão na bola.  O Vitória tentou correr atrás do prejuízo, e colocou o ponta de lança Nuno Santos, com a saída de Nelson Oliveira, que passou praticamente ao lado do jogo.

Sérgio Conceição substituiu Nico, Galeno e Evanilson e mandou entrar Namaso, Iván Jaime e João Mário. Mesmo com estas substituições o jogo continuou dividido, mas terminou sem alterações no marcador. Regresso do FC Porto às vitórias, pela margem mínima. As duas equipas ainda vão ter o jogo da segunda mão, no Estádio do Dragão, o qual está marcado para 17 de abril.

Conferência de Imprensa dos dois treinadores

O treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, destacou o “resultado positivo” da equipa frente ao Vitória SC. O treinador referiu que foi um jogo competitivo e equilibrado na defesa e no ataque. Considerou que faltou à equipa descobrirem espaço para atacar além de “alguma agressividade“. “Mas foi uma vitória justa”, afirmou. “Se tivermos consciência que há 90 e tal minutos para jogar, as coisas podem tornar-se mais fáceis dentro de um jogo difícil”, sublinhou.

 Álvaro Pacheco, treinador do Vitória de Guimarães, analisou o encontro que para si foi “decidido nos pormenores“. E remeteu a decisão da meia-final para a segunda parte da eliminatória depois da derrota por 0-1 no Estádio D. Afonso Henriques. Falou de um “jogo muito tático” e da necessidade da sua equipa melhorar para chegar à final da Taça de Portugal. “Para chegarmos à final temos de fazer golos”, disse o treinador. Com a eliminatória em aberto e uma vantagem mínima do FC Porto, Álvaro Pacheco não deita a toalha ao chão: “Eu acredito que vamos chegar à final”, afirmou aos jornalistas.

O último “bilhete” para o Jamor vai ser disputado no Estádio Dragão, no dia 17 de abril. O vencedor junta-se ao Sporting que conseguiu a passagem à final da prova ao vencer o Benfica, na última terça-feira (dia 02).