Uma colisão entre dois comboios de transporte de combustível, quinta-feira à tarde, terá feito pelo menos 54 mortos e 1249 feridos, segundo os últimos números avançados pelo Cruz Vermelha, citados pelo El Mundo. Por enquanto, o governo da Coreia do Norte, um dos países mais fechados do Mundo, ainda não avançou com números oficiais. Pyongyang pediu ajuda à ONU, 48 horas depois da catástrofe.

A agência noticiosa sul-coreana Yonhap noticia que a Coreia do Norte decretou o estado de emergência na área devido ao impacto do acidente. Segundo a mesma agência, a explosão foi tão forte que destruiu a estação de comboios de Ryongchon, uma localidade com forte densidade populacional a 20 quilómetros da China, bem como vários edifícios da área envolvente (escolas, casas e outras estruturas). Entre as vítimas podem estar, por isso, crianças e habitantes da zona, para além de muitos passageiros chineses que, na altura do choque, se encontravam dentro de um comboio internacional parado na estação.

“A área em redor da estação de Ryongchon transformou-se em ruínas como se tivesse sido bombardeada”, disseram testemunhas do acidente, citadas pela Yonhap.

O presidente norte-coreano, Kim Jon Il, esteve na estação nove horas antes da colisão, de regresso de uma visita à China. O governo sul-coreano descarta quaisquer hipóteses de existir “conteúdo político” na catástrofe. “Como a colisão aconteceu muito depois da passagem de Kim [pela estação] pensamos que é apenas um acidente”, disse à agência Reuters uma fonte dos Serviços de Inteligência sul-coreanos.

Pedro Rios