Na Universidade do Algarve a palavra-chave é cooperação. Apresentar alternativas viáveis às do Governo para uma melhor representação dos estudantes.

Para o vice-presidente da Associação Académica da Universidade do Algarve (AAUALG), João Pardão, a desunião no movimento associativo “prende-se com os pontos de vista das Associações Académicas” e com as divergências criadas devido à partidarização de algumas outras associações. Apesar de tudo, João Pardão considera que a imagem de desunião “não é tão patente como os meios de comunicação querem fazer crer”.
Ao aprofundar a questão dos partidos, o vice-presidente da AAUALG refere que, por vezes, “torna-se difícil separar os interesses das Jotas dos interesses das Associações”. Na opinião do futuro presidente de Mesa da Assembleia Magna da AAUALG, “há sempre partidos que tentam fazer da luta dos estudantes a luta deles”. E dá exemplos: “o PS tenta mostrar que está com os estudantes, mas depois vira-nos as costas na Assembleia da República quando precisamos deles”.

Por outro lado, João Pardão vê a união como sendo motivada pelo ideal de “querer mais e melhor”. Por esse objectivo, ultrapassa-se a questão do privado/público ou qualquer outra porque o que está em causa “é o nome dos estudantes que representamos”, salienta.
Quando se coloca a questão do futuro, João Pardão vê como essencial saber o que é uma Associação Académica, “quer a nível local quer a nível nacional”, e considera que uma Associação tem um grande peso de contestação. Basta para isso verificar quantos alunos ela representa(o número actual de alunos no Ensino superior é de 700 mil).
Mas uma Associação Académica não serve só para contestar, continua o dirigente associativo, mas sim para assumir alternativas e mesmo cooperar com os governos em funções.

Tiago Dias