A Câmara Municipal do Porto (CMP) e a Agência para a Modernização do Porto (APOR) apresentaram hoje, terça-feira, no átrio dos Paços do Concelho, uma maquete da cidade do Porto.

Retratando ao pormenor o Porto, esta maquete caracteriza-se por reproduzir todos os aspectos formais e estéticos da cidade, retratando os elementos construtivos e decorativos das plantas digitais disponiveis no Pelouro do Urbanismo da CMP.

De acordo com o presidente da autarquia, Rui Rio, “esta é uma iniciativa pedagógica”. “Com esta maquete podemos olhar para o desenvolvimento da cidade e perceber como é que o Porto pode e deve evoluir”, disse ao JPN.

O projecto está realizado à escala 1/2500 e tem uma dimensão de 7 metros de comprimento e 3 metros de largura. Retrata toda a morfologia territorial da cidade e toda a sua topografia: ruas, praças e edificios, estendendo-se até ao Porto de Leixões (Matosinhos).

Rui Rio explicou a execução da maquete, realçando a “sua excelência e qualidade”. Para a execução deste projecto foi tido em consideração o fácil transporte e “a necessidade de permanente actualização” daí que esta maquete seja feita por módulos desmontáveis, justapostos por encaixe.

“A intenção é que o retrato da cidade seja o mais fiel e actual possível face à realidade. É possível retirar partes e substituir por módulos novos, actualizados”, explicou o autarca. “O módulo da Avenida dos Aliados terá de ser substituido depois das obras”, exemplificou.

Este projecto poderá, também, acompanhar as possíveis apresentações da cidade em fóruns dedicados à mostra da cidade do Porto. Desta forma, o presidente da CMP e a APOR esperam “promover a intercionalização da cidade e atrair à Invicta visitantes e investidores”.

Outro objectivo deste projecto é utilizar a maquete como ferramenta do planeamento urbano e instrumento de apoio à decisão sobre mudanças na estrutura da cidade uma vez que permite visualizar em três dimensões e a uma escala que pode evoluir até 1/500 soluções alternativas de ocupação do solo.

“Também é importante que consigamos ver com facilidade alguns erros urbanísticos que se cometeram no passado. Temos de projectar o futuro do Porto evitando voltar a cometer esses erros. Esta maquete permite perceber que o Porto tem algumas saliências que não deveria ter, no entanto, também temos espaços com potencial de desenvolvimento”, vincou Rui Rio.

Este projecto custou à APOR cerca de 150 mil euros, fruto de patrocínios de diversas empresas camarárias ou associadas a projectos ligados ao Porto e demorou perto de quatro anos a ficar concluído.

O plano topológico do Porto ficará em exposição aberta ao público, até ao fim do ano, no átrio da CMP, altura em que deverá ser transferida para um outro local ainda a definir, continuando acessível às visitas dos curiosos.

Texto e foto: Paula Teixeira