O Benfica está a um passo de garantir a presença na fase de grupos da Liga dos Campeões. O empate a uma bola frente ao Áustria de Viena deixa o clube da Luz com a faca e o queijo na mão e todas as possibilidades de passar à próxima fase.

As “águias” não fizeram um jogo bonito, nem pouco mais ou menos, mas cumpriram o objectivo a que se propunham. A vitória caía melhor no goto dos adeptos, mas o empate com golos também serve para as aspirações do clube da Luz.

Fernando Santos apostou em Quim para a baliza e pôs os jogadores de campo que se esperavam, com Manu e Paulo Jorge nas laterais, a servir o ponta-de-lança, Nuno Gomes. O avançado português foi a figura do encontro, ao apontar o golo do Benfica. Um grande golo, a fazer lembrar um semelhante, marcado no mesmo estádio por Madjer, em 1987, na final da Taça dos Clubes Campeões Europeus, que o FC Porto venceu por 2-1.

Centro rasteiro de Paulo Jorge e Nuno Gomes a responder de calcanhar para o tento do Benfica. À passagem do quarto-de-hora, o clube da Luz chegava à vantagem, mercê do toque de Nuno Gomes e da classe de Rui Costa no comando do meio-campo.

No entanto, o calcanhar de Aquiles do Benfica continua a ser a defesa e o Áustria de Viena atacou mais do que devia, para uma equipa de calibre claramente inferior ao clube português. Tanto atacou que acabou por fazer o empate, na sequência de um lance de bola parada.

Aos 36 minutos, cruzamento para a área e Petit a perder um lance de cabeça. A bola sobrou para Blanchard, que rematou certeiro para a baliza de Quim.

Na segunda parte, o Benfica foi cauteloso, com medo que a fragilidade da sua defesa o voltasse a trair. O clube da Luz geriu o resultado, por si só muito precioso, e não atacou tanto a baliza do Viena, deixando o adversário “controlar” a partida.

No entanto, a diferença entre as duas equipas era visível e o Áustria de Viena não tinha argumentos para vencer. Ficou mesmo a ideia de que os portugueses eram capazes de sair do Prater com a vitória, caso quisessem.

David Pinto
Foto: Austria Viena