É sabido pela comunidade científica que as diferenças entre os vários tipos de sangue podem desencadear graves reacções imunitárias e até a morte. O indivíduo que necessite de receber sangue só pode ser submetido a uma transfusão caso o sangue do dador seja compatível ao seu, pois a não-observância desse princípio pode ser fatal.

Frequentemente, o sangue que poderia ser utilizado para transfusões acaba por ser inutilizado.
O que distingue um tipo de sangue de outros é a existência de algumas substâncias nos glóbulos vermelhos: pequenas moléculas de açúcar, os “antigénios”, que se encontram nas extremidades das suas antenas de superfície.

Essa diferença pode, no entanto, estar a perder importância: uma equipa de cientistas da Universidade de Copenhaga descobriu e incrementou um método de extracção dessas moléculas, sem que as células sofram danos.
Desta forma, converter sangue dos tipos A, B ou AB em tipo O – o chamado “sangue universal” – será exequível.

O sangue de tipo O é o mais necessário quando não é possível determinar o grupo sanguíneo de um paciente que necessite de uma transfusão. E é também este o tipo de sangue que esgota mais rapidamente quando acontecem acidentes com grande número de pessoas a precisar de receber sangue.

Em Portugal, de acordo com dados do Instituto Português do Sangue, 46,5% da população pertence ao grupo A; 7,7% ao B; 3,4% ao AB; e 42,3% ao O.