Os medicamentos sujeitos a receita médica não poderão ser vendidos, num futuro próximo, em hipermercados, para-farmácias ou lojas de saúde, afirmou esta terça-feira o ministério da Saúde numa nota enviada à Agência Lusa. O próprio ministro, Correia de Campos, fez declarações no mesmo sentido à TSF.

O esclarecimento vem na sequência da noticia publicada, nesta terça, pelo “Diário Económico”, segundo a qual os medicamentos com receita seriam postos à venda nos hipermercados e lojas de saúde.

O jornal baseou-se em declarações feitas pelo ministro Correia de Campos no programa “Mais Saúde” da RTPN, no sábado.

Ainda na nota de esclarecimento, fonte do ministério vem dizer que só os medicamentos que não são sujeitos a receita mas que quando prescritos pelo médico são comparticipados podem vir a ser vendidos nos hipermercados.

A mesma fonte avançou que existem medicamentos sem prescrição médica que já são vendidos nos hipermercados e outros que não são sujeitos a receita mas que são comparticipados quando prescritos pelo médico.

O utente que quiser comprar o medicamento em espaços que não farmácias terá, no entanto, de o pagar por inteiro, sem direito a comparticipação. “Se quer a comparticipação vai à farmácia, se quer proximidade vai à loja”, declarou Correia de Campos.

Instada pelo JPN a comentar a situação, a Associação Nacional de Farmácias (ANF) preferiu não se pronunciar, considerando que a hipotética venda de medicamentos sujeitos a receita foras das farmácias foi um erro de interpretação por parte do “Diário Económico”.