Um golo de Joe Cole, numa jogada que começou em Ricardo Carvalho, permitiu ao Chelsea colocar-se em vantagem na meia-final da Liga dos Campeões e ficar mais perto da final de Atenas, a 23 de Maio. Ao fim de cinco jogos na prova milionária, Stamford Bridge assistiu à primeira vitória de José Mourinho sobre o Liverpool de Rafa Benitez, na prova milionária.

Num jogo que não foi tão espectacular como o de ontem entre Manchester e AC Milan, se a primeira parte pertenceu por inteiro aos “blues”, na segunda foram os “reds” que se impuseram. Sem duas pedras fulcrais no meio-campo – Essien, por castigo, e Ballack lesionado -, foi Joe Cole o grande organizador do ataque londrino, até porque Lampard esteve longe do brilhantismo habitual.

Ainda assim, foi dos pés do camisola oito do Chelsea que saiu a primeira grande oportunidade de golo. Depois entrou Joe Cole em acção e por duas vezes o médio esteve perto do golo, após assistência do incontornável Drogba. Eram os londrinos que dominavam o jogo e o Liverpool não conseguia sacudir a pressão e raramente passava do meio-campo.

Quando o relógio se preparava para marcar a primeira meia-hora, um passe em profundidade de Ricardo Carvalho lançou Drogba que cruzou para o desvio vitorioso de Joe Cole. O Liverpool ainda tentou contrariar a superioridade do adversário, mas mostrou-se incapaz de construir jogadas de ataque.

Guarda-redes a brilhar

O intervalo foi bom conselheiro para a equipa comandada por Rafa Benitez, que surgiu completamente transfigurada no segundo tempo, com mais velocidade e outra atitude. Com as “armas” apontadas para Chech, os “reds” foram incomodando cada vez mais a defensiva londrina e estiveram mesmo muito perto do empate num lance em que o guardião checo se opôs de forma sensacional a um “tiro” de Gerrard.

O Chelsea reagiu e conseguiu equilibrar o jogo e esteve também à beira de dilatar o marcador num grande remate de Lampard a que Reina respondeu com uma excelente defesa. José Mourinho, Ricardo Carvalho e Paulo Ferreira, que também foi titular, estão a 90 minutos de atingir, pela segunda vez, a final da Liga dos Campeões.