Esta quarta-feira, no Conservatório de Música do Porto, cumpriu-se, formalmente, uma das vontades expressas no testamento da violoncelista Guilhermina Suggia. “Lego, ainda, ao mesmo Conservatório, a minha biblioteca musical”, escreveu.

Deste legado fazem parte mais de quatro centenas de partituras, que, numa parceria entre o Conservatório e a direcção de cultura da Câmara Municipal do Porto (CMP) foram objecto de medidas de preservação. O trabalho envolveu ainda a criação de uma base de dados, para consulta e colocação numa base nacional. Seguir-se-á um catálogo impresso, segundo afirmou Luís Cabral, antigo director da Biblioteca Municipal do Porto.

Ao JPN, Luís Cabral descreveu a cerimónia de entrega como uma acto “simbólico”, já que todas as partituras estão arquivadas no edifício do Conservatório de Música do Porto desde 1950, data da morte da violoncelista portuguesa.

Vladimiro Feliz, vereador da Educação, Juventude e Inovação, em representação da CMP, destacou a importância de Guilhermina Suggia “para a cidade do Porto e o país, na arte do violoncelo”, sublinhando a relevância do projecto de conservação do espólio de Suggia e a colaboração entre a Câmara do Porto e o Conservatório de Música.