Ouvir o programa “Rock em Stock “na década de 80 era um hábito para muitos adolescentes . “Lembro-me de ter ouvido os sons de Go Graal Blues Band, Arte & Ofício, GNR, Tantra, Ananga-Ranga, etc, no que se refere à música portuguesa. Não falhava uma entrevista com os grandes nomes da época que visitavam Portugal e que o Luís Filipe Barros entrevistava no programa”, explica Aristides Duarte, ex-ouvinte do “Rock em Stock” e autor do blogue “Rock em Portugal”.
A forma de comunicar de Luís Filipe Barros também captou o autor do blogue Rock no Sotão, uma vez que era “livre, espontânea, divertida, e absolutamente liberta de preconceitos. Era algo muito fresco, a contrastar com o habitual panorama cinzento da rádio em Portugal”, recorda Attick Rock.
Attick Rock” destaca a importância que o programa teve na altura para o conhecimento de bandas estrangeiras:” o Rock em Stock apresentava novidades musicais quase diariamente. Hà trinta anos os discos chegavam a Portugal com enorme atraso e isto quando eram editados, muitos nem o eram e só se conseguiam através de amigos no estrangeiro ou comprando em lojas que faziam importação directa mas atingiam preços elevadíssimos”, explica.
Ao relembrar o programa, Aristides Duarte destaca as entrevistas: “O que era inesquecível eram as entrevistas com os grandes nomes (The Police, Dr. Feelgood, etc.) que apareciam no programa. Outra coisa que eu seguia sempre era o Top do ‘Rock em Stock’, sempre com as últimas novidades na música Pop/Rock internacional”.
A forma de comunicação, a variedade e a apresentação de novidades musicais” são as grandes mais valias que Attic Rock encontra no programa. “Tinha música que agradava a todas as “tribos”, desde o rock pesado (e mais do meu agrado) duns AC/DC, Ted Nugent ou Aerosmith, até ao pop mais leve de uns Duran Duran, Spandau Ballet ou Blondie”.
Por exemplo “eu era capaz de ouvir músicas destes últimos porque sabia que no alinhamento mais cedo ou mais tarde passariam também os do meu agrado”, remata o blogger.