A necessidade de uma crescente criatividade e inovação nas empresas portuguesas foi realçada, esta terça-feira, no II Congresso de Engenharia de Serviços e Gestão, promovido pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).
A YDreams, empresa nacional ligada ao desenvolvimento de vários interfaces inovadores, tem uma presença assídua no mercado mundial e já desenvolveu projectos para marcas como a Adidas, Coca-Cola ou a Dove. Ivan Franco, investigador da YDreams, afirmou que a empresa tem “apostado em serviços muito ligados à pedagogia, tornando assim mais divertido aprender”.
Já Paulo Vila Luz, do BPI, explicou que também é possível ser criativo e inovador nos serviços bancários. Em parceria com a FEUP, o BPI desenvolveu várias ferramentas com o objectivo de melhorar a interacção com os clientes e, hoje em dia, 84% das transacções do banco já são feitas pela Internet.
Apostar em produtos criativos implica igualmente estimular a criatividade dentro das empresas. Foi esta que norteou o testemunho da Microsoft, “uma empresa divertida para se trabalhar”, de acordo com Luís Martins, da Microsoft Portugal. “O facto das pessoas que trabalham na Microsoft gostarem do que fazem, de trabalharem cá porque gostam e não apenas para ganhar dinheiro fomenta de forma natural a criatividade”, adianta o responsável.
Para as três empresas representadas no Congresso, o importante é “conhecer o consumidor, pois só assim pode existir inovação”, defendeu Ivan Franco. Palavras que assinalaram o último painel do II Congresso de Engenharia de Serviços e Gestão, um evento que, em pleno Ano Europeu da Criatividade e Inovação, pretendeu lançar o debate sobre “A Criatividade e a Inovação nos Serviços”.
Inês Carvalho, aluna do 1º ano de Mestrado em Engenharia de Serviços e Gestão esteve envolvida na organização do congresso e lamenta “a pouca adesão do público”. Mesmo assim, o balanço final é “positivo”.