São jovens que estão, frequentemente, sozinhos em casa e sofrem, muitas vezes, de ausência de suporte familiar. Por isso, “são tentados a preencher esse vazio através de navegações”, justifica o psicólogo criminal Carlos Poiares, docente na Universidade Lusófona.
A solução para acautelar a utilização excessiva e perigosa da Internet é, diz o criminalista, um “maior acompanhamento” destes jovens “por parte dos pais”. Porém, o apoio dos pais não pode ser totalmente restritivo em relação à Internet, devendo passar, sim, pela “explicação dos perigos” que podem encontrar nas navegações, como as redes de pornografia infantil.
Além disso, o criminalista refere a importância de mecanismos de prevenção e de as crianças preencherem os tempos livres com actividades extra-curriculares. O prolongamento do horário escolar é um dos exemplos apontados. “A prevenção deve ser cada vez mais feita no espaço escolar”, aconselha.
Programas de controlo parental
Também como meio de prevenção, para além dos projectos de sensibilização, existem programas que bloqueiam conteúdos na Internet. De acordo com um artigo publicado no site Miúdos Seguros.Net, assinado por Tito Morais, fundador do portal, alguns chegam mesmo a conseguir bloquear no Google algumas palavras que podem levar a páginas com conteúdos impróprios para menores.
O Windows SteadyState é um exemplo de software gratuito para este efeito. Já o Deepfreeze é comercial. Também o tempo de utilização diária da Internet pode ser definido.