Um público empático e uma atmosfera de festa marcaram as duas noites em que Rui Veloso subiu a um dos palcos mais emblemáticos do Porto. O artista, que actuou no Coliseu a 7 e 8 de Novembro, agradeceu prontamente à cidade, dizendo-se feliz por “receber a honra de ter uma placa de homenagem no Coliseu” ainda em vida.

Em Lisboa:

Rui Veloso actua esta semana, quarta e quinta-feira, no Coliseu de Lisboa. O primeiro concerto já se encontra praticamente esgotado.

Rui Veloso apresentou-se em palco ladeado pelos “Os Optimistas”, banda que o acompanhou nas gravações de “Mingos & Os Samurais”. A primeira parte do concerto foi, aliás, dedicada a este álbum, lançado em 1990. Hinos como “Paixão” e “Prometido é Devido” deliciaram os presentes. No final da primeira parte, uma surpresa: os filhos do cantor subiram a palco com um bolo e o Coliseu cantou e festejou os 30 anos de carreira do músico.

Na segunda parte, temas como “Lado Lunar”, “Porto Côvo” e “Baile da Paróquia” fizeram a plateia bater o pé. “Tenho aqui amigos para cantar comigo”, proferiu, a dada altura, o cantor. E o prometido foi devido – João Só e Mendes (Azeitonas) entraram em palco para cantar “As Regras da Sensatez” e “Vai por Mim”, tema original da banda portuense.

Rui Reininho cantou a sua “Pronúncia do Norte” e o vocalista dos Per7ume, Tozé, juntou-se a Rui Veloso para interpretar o tema “Intervalo” a um público absolutamente rendido.

Pedro Abrunhosa, apresentado por Rui Veloso como “grande figura, grande músico, grande autor”, protagonizou o momento mais intimista da noite com “Eu Não Sei Quem te Perdeu”. O “Porto Sentido“ de Rui Veloso foi cantado a três mil vozes, com o cantor visivelmente emocionado e sensibilizado. Os agradecimentos foram para a cidade. “Ao Porto da minha vida”, disse.

O concerto terminou com “Chico Fininho”, a música que fez o cantor saltar para ribalta, tornando-se ainda hoje, 30 anos depois, numa das figuras mais incontornáveis da história da música portuguesa.