Repleto, o Pavilhão Atlântico recebeu na sexta-feira, 10 de Dezembro, o novo “monstro” pop da actualidade.

18 250 pessoas aguardavam, ansiosamente, pela entrada de Lady Gaga em palco. As enormes cortinas abriram-se, finalmente, com “Dance in the Dark”, apresentando um cenário que resgatava o espírito dos característicos restaurantes snack bar americanos. Saudando Portugal, agradeceu aos seus “pequenos monstrinhos” durante toda a actuação.

Gaga aproveitou para apresentar a inédita “Glitter and Grease”, mas foi com “Just Dance” que a plateia entrou em verdadeira euforia. O primeiro single foi tocado num piano que se encontrava no capot de um Chevrolet verde. Acompanhada por 14 bailarinos, que eram também actores, a norte-americana interpretou temas como “Beautiful, Dirty, Rich”, “Love, Love Game” e “Telephone”. “Boys, Boys, Boys” teve uma dedicatória muito especial – “a todos os amigos gay portugueses”. A cantora cantou ainda os parabéns a uma fã que o pediu num cartaz.

Sempre num ritmo frenético e explosivo, Gaga foi mudando de roupa, acompanhando as sucessivas alterações de cenário. Com a bandeira portuguesa em grande plano, a cantora interpretou “Speechless” com o piano em chamas, num dos momentos mais intimistas do concerto. “A liberdade de sermos nós próprios é o que importa”, disse, admitindo que se deparou com várias dificuldades para vencer na indústria musical. “So Happy I Could Die”, tema interpretado numa plataforma elevatória, serviu de contexto para Gaga confessar-se feliz e grata aos fãs.

Ao apresentar o tema “Monster”, explicou que, em criança, “era gozada por cantar, andar no coro e numa banda de jazz”. “Essas pessoas nunca imaginavam que chegaria aqui.” No entanto, revelou que, na altura, não era corajosa: “Foram vocês que me tornaram assim.” E foi com uma imagem de Jesus Cristo no palco, Gaga apresentou o polémico tema “Alejandro”: “Jesus ama-nos a todos como somos, diferentes ou não.”

O concerto terminou com “Bad Romance”, que Gaga interpretou dentro de uma esfera metálica. À saída, os fãs continuavam a trautear o refrão, completamente rendidos ao “monstro” em palco.

Os nova-iorquinos Semi Precious Weapons abriram a primeira parte do espectáculo com um arrojado e invulgar rock. O grupo deixou bem claro que actua desde 2006 com a cantora, desde um concerto em que a plateia tinha apenas “12 pessoas”. “Foi graças aos fãs que foi possível chegar até aqui.” Os americanos chegaram mesmo a oferecer algumas t-shirt e um CD aos fãs.