Exposições onde é abordada a exploração dos Direitos das Mulheres a curtas-metragens sobre o momento de entrada na prisão ou até mesmo a espetáculos que promovem a discussão sobre a violência doméstica.São apenas alguns dos trabalhos que vão ser vistos no festival Mexe – Encontro de arte e comunidade apresentado ontem, quinta-feira, no Porto.

Entre os dias 21 e 27 de novembro, o espaço Animar, no bairro do Lagarteiro, e a Fábrica da Rua da Alegria vão receber dezenas de “encontros” de arte comunitária nacionais e internacionais. Todos os intervenientes dos espetáculos não são atores profissionais que pretendem “romper com os rótulos impostos pela sociedade”, como garante Hugo Cruz, um dos responsáveis pela organização do festival.

“Mexer o Porto”

Ao longo de uma semana, o objetivo do festival passa pela discussão e troca de ideias em sociedade. Espetáculos de teatro, dança, música e vídeo onde “é muito importante ouvir o que as pessoas estão a dizer para se fazer este trabalho com os grupos comunitários”, diz Hugo Cruz.

Para um dos organizadores do certame “quando é possível que as pessoas tenham palcos privilegiados para se apresentarem, elas mostram que são tão capazes como as outras”.

Um projeto que está a ser pensado há 4 anos e que agora se apresenta à cidade. Hugo Cruz quer “o Porto e, em momentos de crise, temos de arregaçar as mangas e encontrar soluções, que estão nas nossas mãos”.

O Mexe – Encontro de arte e comunidade é organizado pela associação Pele – Espaço de Contacto Social e Cultural e a entrada em todos os espetáculos é livre: “queremos que todas as pessoas tenham acesso ao festival”.