São cada vez mais os portugueses que procuram sair do país à procura de trabalho. Neste prisma, ser fluente numa segunda língua é crucial para qualquer função. A aprendizagem começa cada vez mais cedo e o ensino privado oferece uma formação que começa desde os primeiros anos.

O Colégio Alemão do Porto é uma das opções para estudar uma segunda língua. Estuda-se o alemão, o inglês e o francês e culturas diferentes da portuguesa, o que se reflete também no método de estudo. Marta Cudell, estudante de Línguas e Relação Internacionais na Universidade Católica, e Marie Kemper, aluna de Línguas, Literaturas e Culturas na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, afirmam que se sentiram bem preparadas ao ingressar na universidade. Para estas estudantes, a facilidade de comunicação nas várias línguas que aprenderam facilitou-lhes a adaptação aos cursos em que se inserem. “No colégio aprendes alemão e inglês e o grau de ensino é muito mais elevado do que na faculdade. O alemão que estou a ter na faculdade equivale ao 5.º ou 6.º ano no Colégio Alemão”, reforça Marta Cudell.

Em cursos não relacionados com o estudo das línguas, o bilinguilismo não deixa de ser uma mais valia. “Temos uma preparação diferente a nível da matemática, de racíocinio e relativamente à forma de responder às perguntas”, explica Inês Nascimento, estudante de Gestão e Engenharia Industrial na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e que frequentou o Liceu Francês do Porto até ao 9.º ano.

Além do ensino superior, o mercado do trabalho exige cada vez mais o conhecimento de diferentes línguas. Trabalhar no estrangeiro torna-se acessível pela facilidade de comunicação. Teresa Bravo, estudante de Economia na Faculdade de Economia do Porto, afirma que a sua formação inglesa na Oporto British School tem, potencialmente, mais credibilidade do que uma aprendizagem comum, o que representa, para a estudante, um benefício no mercado de trabalho exterior.O mesmo explica Inês Nascimento que, com a sua formação, espera ter mais possibilidades nos países de língua francesa, que diz serem “muito fechados ao inglês”.