No ano das comemorações do 25.º aniversário, o JUP, Jornal Universitário do Porto, enfrenta desafios pouco animadores. Além dos cortes nos apoios por parte do Instituto Português da Juventude e da reitoria da Universidade do Porto (UP), o edifício da sede do jornal, situado na rua Miguel Bombarda, encontra-se em risco de ruir.
O piso da sede está inclinado e em vias de ceder, tendo já caído parte do teto. A sede já sofreu, também, arrebentamentos de canos e problemas com térmitas que obrigaram a evacuar o edifício.
Estas dificuldades fazem com a equipa do JUP não possa tirar grande proveito da sala, obrigando a que as reuniões de redação sejam feitas em cafés. Nuno Moniz, diretor do jornal, não vê outra solução senão “mudar de casa”. “Será completamente impossível não mudar de sítio. Não pensamos pôr seja quem for dentro daquele prédio”, lamenta.
Sérgio Alves, responsável pela parte gráfica do jornal, também adverte para as condições do prédio, mas confessa já ter um afeto especial pelo edifício. “Se nos dissessem que nos iam arranjar um sítio novo ficávamos satisfeitos, mas preferimos ficar na rua Miguel Bombarda, no centro do Porto, do que ir para um escritório pequeno, longe do centro e sem grande interesse histórico e cultural”, esclarece o estudante, que considera o edifício uma “relíquia”.
Apesar da deterioração do edifício, os membros do JUP sabem que é complicado pedir melhores condições. “As obras têm que ser estruturais e pedir essas obras nos tempos em que estamos é complicado”, explica Sérgio Alves.
O JUP já informou a reitoria da UP sobre o estado do edifício, mas, por enquanto, ainda não há indicações de uma solução para resolver o problema. Este não é um caso único na rua Miguel Bombarda: nos ultimos anos já caíram alguns prédios, vizinhos à sede do JUP, devido ao estado de degradação.