My Social Project é o nome da rede social portuguesa que se dedica inteiramente ao ato de ajudar uma causa, com apresentação marcada para amanhã, quarta-feira, às 18h00 na Fundação Calouste Gulbenkian.

Voluntariado nas redes sociais

A My Social Project não é o primeiro projeto de voluntariado associado às redes sociais a surgir em Portugal. O VolunteerBook surgiu em 2011, com base na Bolsa do Voluntariado. Também o Inpakt surgiu com o objetivo de fazer “a ponte entre o mundo da responsabilidade social nas proximidades” da localização dos seus seguidores.

Numa época em que as redes sociais têm uma grande influência, principalmente nas gerações mais novas, a My Social Project pretende “usar” a interação das redes sociais para estimular o voluntariado. Surgiu no final de 2010 entre dois amigos, Pedro Bártolo e Martim Vaz Pinto, mas, atualmente, a equipa conta com vinte elementos, todos eles voluntários, e com uma associação sem fins lucrativos. Seis meses depois da ideia, os dois co-fundadores tentaram perceber como podiam “operacionalizar” o projeto.

Pedro Bártolo tem 28 anos e é co-fundador do My Social Project. Afirma que a ideia “surgiu muito da experiência de voluntário” e da vontade de criar uma rede social onde é feita “a convergência dos interesses das causas, das associações, das IPSS, das empresas com políticas de responsabilidade social”, de forma a “ir ao encontro das necessidades e da capacidade que Portugal tem de se mobilizar”.

O co-fundador realça o grande número de pessoas que têm vontade de ajudar e fazer voluntariado, pontual ou permanentemente, mas que “não sabem como “. Sob o lema “ajudamos pessoas”, o projeto “funciona exatamente como outra rede social”, garante Pedro Bártolo. Para quem quer ajudar, basta entrar “em contacto direto com a própria instituição e, numa primeira fase, comentar os seus vídeos, fotografias, testemunhos, enviar um e-mail dentro da própria rede e acompanhar o trabalho”. Desta forma, o voluntário, antes ainda de o ser, tem a oportunidade de “conhecer muito bem a causa” e, mais tarde, “ser chamado ou ser estimulado a abraçar esse projeto”.

São já várias as parcerias que a My Social Project estabeleceu. Apesar de algumas não estarem ainda “fechadas” à altura do lançamento, até ao momento o projeto conta com parcerias com a SIC Esperança, a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), a Universidade Católica Portuguesa, a Central de Cervejas e, ainda, com o escritório de advogados Vieira de Almeida, que “assegura toda a parte jurídica e fiscal do projeto”.

“Conseguir angariar o maior número de causas e de voluntários e responder às necessidades de empresas com políticas de responsabilidade corporativa” são as maiores expetativas de momento, diz Pedro. Para os interessados, basta encontrarem “uma causa com a qual se identifiquem no distrito onde moram e com a qual consigam criar um laço de ajuda e apoio”.