O Bewarket é uma plataforma semelhante ao E-bay. A diferença é que funciona como aplicação do Facebook, o que permite que tudo seja feito dentro da famosa rede social. A ideia partiu da tese de mestrado de Marco Barbosa, que teve como tema a utilização do comércio eletrónico no mercado social.

Marco chegou à conclusão que “existe uma convergência no associar das redes sociais às compras e venda online”, garantindo que esse é “o futuro do comércio eletrónico”. Passou cerca de um ano à procura de apoios para concretizar esta ideia, até encontrar a Sétima, empresa de desenvolvimento de software, que gostou do projeto e decidiu abraçá-lo.

A Marco Barbosa, juntaram-se Rui Ramos e Miguel Vieira. São eles a equipa responsável pelo projeto Bewarket, que classificam como sendo mais do que uma simples plataforma de compra e venda. “Este projeto traz o conceito de ‘social commerce’ ao seu expoente máximo. No Bewarket, pode-se comprar, vender, doar, leiloar e revender”, explica Marco Barbosa.

Ao JPN, o fundador do projeto esclarece o funcionamento da aplicação. “Ao adicionar algo que se queira vender, pode-se definir uma percentagem da venda, para dar a quem conseguir um comprador ou para doar a uma instituição de caridade”, diz. Desta forma, segundo Marco Barbosa, “pode-se aumentar exponencialmente o alcance da venda, fazendo com que seja publicitada e revendida por outros utilizadores, e despertar a responsabilidade social das pessoas”.

No Bewarket, é possível seguir e avaliar outros utilizadores e produtos, assim como saber antecipadamente qual a opinião que os amigos têm sobre o que se procura. Além disso, Marco Barbosa diz que “qualquer pessoa pode exportar a sua loja para uma página de fãs ou para qualquer website que possua, podendo ter uma solução de venda online grátis, quer seja um utilizador comum ou uma loja”.

Apenas dois meses, mas muitos planos para o futuro

Com apenas dois meses de atividade e ainda utilizando a versão beta, o Bewarket conta já com mais de 50 mil visitas e quase dois mil utilizadores inscritos. “Já temos utilizadores de quase todos os países onde o Facebook se encontra”, avança o fundador, acrescentando que ainda não existe investimento na publicidade. O país com mais utilizadores é Portugal, seguido por Brasil, Reino Unido e EUA.

Os fundadores do Bewarket não querem, naturalmente, parar por aqui. Neste momento, a equipa encontra-se a preparar o lançamento da versão 1.0 e a elaborar um plano de marketing para atacar o mercado. Em breve, será possível trocar em vez de comprar, tanto produtos como serviços. Marco Barbosa revela que estão a trabalhar em novas funcionalidades, que prevê estarem implementadas até ao final de 2014, garantindo, ainda, que a lógica de negócio business-to-consumer (B2C) e business-to-business (B2B) será implementada.

O projeto Bewarket destacou-se em vários concursos de empreendedorismo. Marco lembra que em muitos não foram sequer selecionados, mas refere que outros premiaram tanto a ideia como o trabalho já desenvolvido. “Além dos prémios, que dão uma tremenda ajuda, estes concursos dão uma enorme motivação e ambição para continuarmos este caminho contra todas as adversidades e a situação económica do país”, conclui.