A primeira Manhã Saudável é a iniciativa que quer juntar 2.500 pessoas no pavilhão Rosa Mota, no Porto, para uma mega aula de tai chi. Com o custo de inscrição de dois euros, o evento tem como objetivo reverter o valor total das inscrições para a Liga dos amigos do Serviço de Transplantação de Medula Óssea (LASTMO) do IPO-Porto.
Ana Paula Carvalho é a presidente da LASTMO. Como enfermeira no IPO, lida diariamente com casos de doentes transplantados. A ideia para a criação da mega aula de tai chi surgiu pela necessidade de “divulgação desta liga de amigos”, através dos meios de comunicação social e à população em geral, de forma a “angariar sócios e fundos” para o início de atividade de apoio a estes doentes. As expectativas são de atingir o número de 2.500 participantes, numa aula “calma, benéfica e saudável”, a acontecer a 22 de abril.
A criação de parcerias para o evento foi “relativamente fácil” devido à sensibilização que existe nesta área, pelo que a Câmara Municipal do Porto cedeu o pavilhão Rosa Mota gratuitamente para a realização do evento.
Os doentes têm reagido muito bem a esta iniciativa e consideram-na “um grande complemento” na ajuda às dificuldades que sentem no dia a dia.
Doentes transplantados passam por várias “restrições”
“A transplantação é um tratamento bastante agressivo que, por vezes, provoca a mudança de profissão dos próprios doentes”, afirma Ana Paula Carvalho. Ciente dos problemas que os doentes transplantados enfrentam e que “transformam completamente o seu dia a dia” em termos de “restrições alimentares e relacionamento interpessoal”, a presidente da LASTMO assegura que “a própria vontade do grupo” se impôs para a criação de uma liga de ajuda.
Relativamente à divulgação e aos dadores de medula óssea, a presidente da LASTMO afirma que “já começam a haver cada vez mais”, em parte, devido a casos mediáticos “que vão existindo”. Mas realça a necessidade que existia de uma liga ou associação que se dirija especificamente a “doentes transplantados” e, por isso mesmo, a LASTMO “é uma liga que visa fins humanitários com uma intervenção social, cultural, para o bem estar dos próprios doentes”.
“Conjugar energias em redor de uma melhor solução para se estruturar um caminho que possa solucionar certos problemas dos doentes transplantados” é a solução para criar melhores condições de vida aos doentes, diz.