O Programa UT Austin – Portugal começou em 2007, com enfoque no desenvolvimento de três áreas académicas: Digital Media, Computação Avançada e Matemática. Neste projeto, envolveram-se várias instituições portuguesas, desde universidades a laboratórios e centros de investigação. Exemplo disso mesmo é a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), que assumiu com a Universidade de Austin o Programa Doutoral em Medias Digitais.

O acordo, agora renovado por mais cinco anos, foi celebrado entre a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e a Universidade do Texas em Austin (UT – Austin) e tem um investimento de dois milhões de euros anuais.

O Programa em Números

40 são os professores e investigadores que fazem parte do programa. 120 são os alunos que beneficiam de visitas regulares à Universidade do Texas, em Austin, com a possibilidade de estudar e desenvolver projetos de doutoramento. 105 são as bolsas de investigação que a FCT já atribuiu e que “permitem aos alunos um intercâmbio de experiências” e o enriquecimento dos currículos académicos “de forma ímpar”. 250 são as visitas a Austin, só este ano. 110 são os eventos realizados, como workshops, cursos de verão, o festival Futureplaces, e outros.

Nuno Correia, diretor nacional do Programa garantiu, durante a assinatura do memorando, que “esta parceria tem vindo a criar comunidades de investigação em Portugal com padrões de qualidade internacionais”. Também Miguel Seabra, presidente da FCT, disse que o sucesso do programa é “indiscutível”: “nos últimos cinco anos esta parceria criou uma significativa massa crítica de investigadores em áreas tão relevantes como a do digital media. A FCT encara com grande confiança os resultados da segunda fase deste programa”, garante.

Mas outro dos objetivos do programa era a criação de uma rede empresarial de comercialização e internacionalização da ciência e tecnologia produzida em Portugal: a University Technology Enterprise Network (UTEN), que contribui para “o esforço de ligação entre o mundo académico e as empresas nacionais”. E esta ainda vai continuar a ser “uma das grandes apostas para o próximo ciclo desta parceria”, através da dinamização de “relações entre a comunidade do programa e as empresas portuguesas que podem beneficiar dos resultados dos nossos trabalhos académicos”, afirmou Nuno Correia.