A Comissão de Trabalhadores da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) anunciou, em comunicado, que, de 25 de fevereiro a 1 de março, os funcionários vão cumprir uma greve às horas de trabalho extraordinário.

O que está na origem desta decisão dos trabalhadores da STCP tem a ver com a “enorme falta de efectivo para a condução de autocarros”, que leva a empresa a convidar “alguns motoristas a realizar trabalho extraordinário de forma desumana, ou seja, mais de 400 horas extra por ano, mais do dobro do permitido por lei e só para o serviço regular, e com a conivência da Autoridade para as Condições do Trabalho, já que foram efectuadas várias denúncias”, refere o comunicado.

Desta forma, e porque os trabalhadores se sentem “injustiçados e defraudados”, a greve vai servir para marcar uma posição contra “os roubos constantes dos direitos consagrados em acordo de empresa em várias matérias, como por exemplo o pagamento de trabalho extraordinário, o congelamento de carreiras e diuturnidades” e “os cortes de subsídios de férias e de Natal, sob o subterfúgio das medidas de austeridade”.