Para que as noites em claro terminem de vez, a solução está em fazer dez minutos de exercício físico. A conclusão provém de um estudo norte-americano, em forma de inquérito, da National Sleep Foundation.

Max Hirshkowitz, que liderou a investigação, adianta que este trabalho permitiu estabelecer uma relação direta entre a quantidade e intensidade de exercício físico e a qualidade de sono. “Nas pessoas que não fazem exercício, de todo, encontrámos mais problemas relacionados com o sono”, disse Max Hirshkowitz à Reuters.

Os resultados

Mais de 75% dos mil inquiridos pela Internet e telefone afirmaram fazer exercício físico regular e admitiram que dormem bem, em comparação com apenas cerca de metade de respostas positivas entre os sedentários. Entre os participantes, a média de horas de sono é inferior a sete horas. A diferença não é muita entre quem é sedentário e quem faz exercício físico. A diferença está apenas na qualidade do sono.

Inquérito bastante representativo

Este estudo não é exclusivo. Outras investigações já tinham feito a relação entre o sono e o exercício físico, mas, segundo Hirshkowitz, este é o primeiro inquérito mais representativo, nos EUA, a chegar a estas conclusões.

Dormir mal pode ser causado pelo stress, ansiedade, dores e medicação, e 22% dos inquiridos admitem ter problemas de insónias. Aguentar o dia de trabalho começa a ser uma tarefa complicada e as sestas passam a ser solução. No entanto, situações clínicas como a apneia e a toma de medicação surgiram nas respostas.

Barbara Phillips, membro da equipa de investigação, admitiu à Reuters que o exercício, em algumas horas do dia, por ativar o organismo, cria dificuldades em ir para a cama cedo. “Chegou a hora de revermos as recomendações globais para melhorar o sono e colocar o exercício”, a qualquer altura, “no topo da nossa lista de hábitos de sono saudáveis”.