Damas, Cubillas e Iordanov juntam-se a Negrete, Cândido de Oliveira e Vermelhinho, numa longa lista de cromos de A a Z, que compõem o blogue de João Brites e Pedro Ferreira: “O Cromo dos Cromos”. Com início em 2005, a ideia era partilhar cromos de jogadores já retirados, fossem eles mais ou menos conhecidos.

Em entrevista ao JPN, João Brites explica que não foi fácil construir uma caderneta tão extensa como a do blogue, mas “com o decorrer dos anos”, foi “angariando mais cromos com a ajuda dos visitantes”. Os primeiros cromos do colecionador foram da época 76/77, quando tinha sete anos. Hoje tem centenas de coleções, mas a primeira nunca foi esquecida.

O cromo preferido

Convidado a escolher um cromo, João Brites lembrou o Mundial de Espanha , em 1982, onde um italiano eliminou uma das melhores seleções brasileiras de sempre.

O blogue começou por ser apenas um arquivo de cromos, no entanto, “devido à afluência”, acharam “que seria interessante chamar as pessoas“, conta João Brites. Foi assim que começaram a surgir novas secções, como por exemplo: recortes de jornais antigos, cromos pedidos, entrevistas a jogadores e ainda a crónica do jornalista António Tadeia.

João admite que os tempos mudaram e que, hoje em dia, as crianças não dão tanta importância às cadernetas, até porque “as gerações são outras”. No entanto, o autor reconhece que alguns pais ainda compram carteirinhas, com a desculpa de ser para os filhos.

A era digital traz vantagens e desvantagens

Questionado sobre as possíveis diferenças causadas pela internet nos hábitos dos colecionadores, João Brites não hesita na sua escolha. Apesar de admitir que a nível gráfico as cadernetas são mais apelativas, o colecionador acredita que se perderam outras características, como “os cromos a corpo inteiro, com o estádio cheio atrás”.

No que diz respeito à tradição das carteirinhas, João acha que mesmo que seja “mais fácil trocar cromos e acabar uma coleção”, o “ritual” nunca será o mesmo.