Esta quarta-feira, dia 21 de março, a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) acolheu o 1.º Encontro de Estudantes Brasileiros. A premissa do encontro era simples: informar sobre os serviços e apoios prestados pelo Consulado-Geral do Brasil no Porto e ouvir sugestões para melhorar a relação entre este órgão e a comunidade de estudantes brasileiros.

Convidados

Na mesa do auditório estiveram presentes António Marques, vice-reitor da UP, Gelson Fonseca Júnior, cônsul-geral do Brasil no Porto, Durval Carvalho de Barros e Ellen Osthoff Ferreira de Barros, cônsules-gerais Adjuntos, marcaram presença no evento.

O tema sobre o qual houve mais questões foi a burocracia: questões como informações contraditórias e atrasos relativamente aos vistos dos estudantes foram debatidas durante a tarde, uma vez que o encontro se destinou a todos os bolsistas brasileiros.

Os estudantes, ao abrigo de programas como “Ciência sem Fronteiras” e “Programa de Licenciaturas Internacionais” (PLI) puderam, desta forma, trocar experiências entre eles e o Consulado do Brasil.

Muita teoria e “corridas” atrás dos professores

Luiz Frota, Jéssica Dutra e Kariny Dal Pizzol frequentam a licenciatura de Direito e são três dos 900 estudantes brasileiros ao abrigo de programas de mobilidade acolhidos pela UP.

Segundo o estudante brasileiro, o próprio pensamento dos professores é diferente: “Os professores lá [no Brasil] levam o ensino para nós enquanto aqui nós é que temos de ir atrás do professor”, esclarece.

Quando questionada sobre as diferenças do ensino, Jéssica Dutra acrescenta a falta de prática do curso em comparação com o lecionado no seu país de origem. Kariny Dal Pizzol concorda e fala da diferença da organização das faculdades em relação a datas de provas de avaliação.

Quando questionados sobre o porquê de terem optado por Portugal, e em específico pelo Porto, para realizar o programa de mobilidade, a língua portuguesa – e consequente facilidade de comunicação – foram o principal motivo. A escolha pela UP deve-se ao facto de esta ser a única instituição com “convênio [parceria] com a faculdade de lá”, afirma Jéssica Dutra. No entanto, Luiz Frota refere que este acordo não é a única coisa que conceitua a Universidade do Porto.

Sobre a possibilidade de ficarem por cá depois da licenciatura, o plano dos três passa tentarem arranjar emprego no Brasil. Contudo, para Luiz Frota, esse não é o objetivo principal.