“Agora é pensar no futuro”. Quem o diz é Jorge Cidade, dirigente responsável pela equipa de voleibol masculino do Leixões Sport Clube (LSC). O dirigente explica que a descida de divisão era um “resultado possível de acontecer”, mas que o Leixões tem os olhos postos no futuro.

“Agora há que trabalhar, há que reagir”, responde em consonância Luís Machado, diretor desportivo, que acrescenta que o importante, neste momento, é que a equipa retome os treinos e continue o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido ao longo da época.

A ambição dos dois é que o regresso à primeira divisão seja cumprido já na próxima época. Para o dirigente, não há dúvida de que o lugar da equipa de Matosinhos é na liga principal, e refere que a nova fornada de jogadores dos escalões de formação constituem o primeiro passo para alcançar o objetivo.

A época

Para a equipa sénior masculina de Voleibol do LSC, a época começou com o pé esquerdo, ao sair derrotada dos 22 jogos da primeira fase do campeonato. Os leixonenses somaram quatro pontos frente ao Maritímo, jogo que venceram por 3-0, na segunda fase do campeonato.

“O Voleibol não é o futuro profissional que eles [os jogadores] vão ter”

A constituição da equipa foi o principal desafio que o Leixões teve de enfrentar, logo no primeiro treino da época. “A grande dificuldade foi essa: o que estava para trás, a juventude da equipa e a consequente inexperiência”, explica Jorge Cidade. A equipa foi formada por jogadores novos com idades compreendidas entre os 17 e os 19 anos, para quem a prioridade ainda são os estudos.

A coordenação de horários e a presença nos treinos foram desafios encontrados ao longo da época. O dirigente salienta que os estudos vêm em primeiro lugar, uma vez que o “voleibol não é o futuro profissional que eles [os jogadores] vão ter”. Por esse motivo, o clube aceitou que os atletas “dessem prioridade” à escola.

“Não há uma fórmula certa de motivação”

Depois de uma época menos positiva para a equipa de Matosinhos, a pergunta que surge, é: “Como é que se motiva uma equipa tão jovem?”. Para Jorge Cidade, essa é a pergunta dos 30 milhões de euros”: “Não há uma fórmula certa de motivação”, explica o dirigente, acrescentando que “eles só precisam de acreditar neles próprios, mas isto não é fácil”.

Já Luis Machado admite que a vitória é tratada pelo nome próprio, no Leixões, mas que a união que há no clube supera qualquer resultado. “As pessoas, no Leixões, obviamente que estão habituadas a ganhar, mas há algo que nos une a todos. No fundo, é o esforço coletivo e é o resultado de todo esse esforço que se vê em campo”, adianta o diretor.

Acima de tudo, Luís Machado garante que a equipa não desistiu em nenhum momento, e que isso é o mais importante. “Há sempre a sensação de que, em determinadas alturas, podíamos ter feito melhor, mas lutamos e isso é que era o mais importante” sublinha.

No que diz respeito à motivação, o diretor não hesita em elogiar a força que os adeptos do clube dão à equipa: “É fácil dar a volta por cima, porque o facto de representar este grande clube com adeptos fantásticos, por si só, é uma grande ajuda, e vestir esta camisola dá-nos alento muito grande para dar a volta por cima”.