Só dura dois dias – 28 e 29 de junho -, que ainda por cima passam a voar, mas o Positive Vibes tem um cartaz bem composto que não deixa ninguém com sabor a pouco. Que o diga o jamaicano Anthony B, de quem se espera um grande espetáculo, “com mensagens fortes e positivas”, diz a organização. Com ideias revolucionárias e inspirado por Bob Marley ou Peter Tosh, fecha o primeira dia, 28 e junho, com temas como “Raid The Barn” ou “My Yes and My No”.
Mas antes disso, o charme e encanto da internacional Ayo, com sons de amor com “Life is Real” ou “Hel is Coming”, ao jeito do reggae. Os portuenses Expensive Soul também não falham a festa e representam a arte portuguesa no primeiro dia.
Como chegar
A organização recomenda o Reggae Bus (serviço especializado para o Festival), que funciona de 20 em 20 minutos até à meia noite e a partir das duas da manhã. Pára em: Batalha – Parque das Camélias; General Torres (Metro/CP); Câmara de Gaia; El Corte Inglés (Est. João de Deus); Areinho. Do Porto para o Areinho e vice-versa custa 2,15 euros, já de João de Deus para o Areinho e vice-versa custa apenas um euro.
Quem preferir o comboio ou o metro, basta sair na Estação General Torres (em Gaia), basta apanhar a carreira n.º 31 (sentido Oliveira do Douro) e trocar na paragem: “Aveiro” para carreira n.º 37 (sentido Areinho). Não há nada que enganar: só se sai na na última estação.
De carro, há que seguir em direção a ‘Ponte do Freixo’ e sair na saída IC23 – Gaia/Oliveira do Douro. Depois, basta seguir as placas até ‘Areinho/Oliveira do Douro’.
O britânico ragga General Levy e o projeto de ‘reggae feat drum’n bass’ Dirty Skank Beats também marcam presença, já habituados a partilhar o palco. Mas o dia começa com Skalibans a inaugurar o recinto, depois do “warm-up” de dia 27, em jeito de “receção ao campista”. Este “dia zero” é um extra para quem quiser ir entrando no espírito.
As noites são longas mas, ainda assim, há que descansar para o dia seguinte. O campismo, mesmo junto ao recinto, é de borla. Até porque repôr energias – positivas – é essencial para aguentar desperto até um dos momentos mais esperados da noite, o concerto dos veteranos UB40.
A banda de reggae britânica, que já conquistou o público português – e vendeu mais de 70 mihões de discos -, traz na bagagem temas míticos como “I Got You Babe” ou “Can’t Help Falling In Love”.
Outro nome que não passa despercebido é o português Richie Campbell, já presença assídua do festival, e um marco no reggae português. Apresenta o novo álbum, “Focused” e um repertório bem conhecido pelos mais jovens.
O multicultural Million Stylez também marca presença, vindo diretamente de Estocolmo. Promete pôr a plateia a bater o pé no chão com sons como “Miss Fatty” ou “This Is Da Style”.
Com Chapa Dux e Dengaz, a língua portuguesa vai ganhar asas no Areinho. Mas antes disso, a ‘soundscrew’ alemã Pow Pow Movement faz a festa. O dia começa, no entanto, com Xibata, que é da casa. O artista que cresceu no Porto e conquistou o país traz “sonoridades que vão do mais antigo Ska ao mais recente Dancehall”. E a música não se fica por aqui: há ainda as tendas soundsystem.
Universidade do Reggae está de volta
Entrelaçado com o espírito boa onda da música do Positive Vibes, está o ambiente. A paisagem natural da Praia do Areinho, em Vila Nova de Gaia, foi o local escolhido para receber os festivaleiros. O verde e a praia, com o rio e o imenso areal, intensifica o conceito de um festival “associado ao desporto e à partilha de valores de uma vida saudável”, como a protecção da natureza.
Á semelhança do ano passado, ficar de “papo para o ar” não é a única atividade disponível. Está de volta a Universidade do Reggae com workshops, debates e palestras, onde os oradores terão a oportunidade de abordar e interagir com os participantes.
O preço do Positive Vibes também ajuda: 18 euros por dia ou 25 euros o passe com campismo, para os dois dias e a recepção ao campista, a 27 de junho.