Linda Martini inauguraram o palco principal, com a mesma qualidade e energia de sempre. O público que os segue, fiel, lá estava para os ver. Mas, a essa hora, os portugueses estavam em todo o lado. No palco secundário, era Brass Wires Orchestra quem cativou uma plateia bem composta. Deixaram pouco espaço livre no palco e deram o concerto perfeito para um final de tarde de domingo. Quem assistiu, sentado confortavelmente no chão, balançou aqui e ali, ao som da música.

Jake Bugg deu música no palco principal, mas Of Monsters and Men (OMAM) não deram grandes hipóteses e desde o primeiro segundo que já se antevia um bom espetáculo. A voz doce de Nanna superou as expectativas. Arrebatador, é possível que tenha sido um dos grandes espetáculos do último dia. O palco secundário foi, sem dúvida, uma das maiores surpresas do festival. Quase sempre cativante e com um ambiente meio familiar, recebeu alguns concertos dignos de palco principal.

No palco principal, Tame Impala. A banda australiana improvisou, impressionou e conquistou os que assistiam, cativados pelo psicadelismo e atrevimento. Ao longe, Phoenix dá um concerto poderoso, mas parece difícil escolher entre a banda francesa e Alt-J, que deixa pelas costuras o palco secundário: ninguém quis perder o espetáculo do quarteto, que não desiludiu.

Um concerto “para contar aos netos”

Ainda assim, à hora marcada para Kings of Leon, acabou o compasso de espera e o recinto migrou para o palco principal. A banda americana foi a melhor forma de encerrar o palco principal. Caleb foi um vocalista charmoso, mesmo que de poucas palavras, que prendeu os milhares que assistiam ao espetáculo. “Use Somebody” ou “Notion” foram alguns dos pontos altos, mas nada como “Sex on Fire” – um final esperado, mas ainda assim poderoso.

Rita e Helena dizem que a banda “superou as expectativas”. Diana, de Amarante, garante que “é para contar aos netos”, já Carlos Daniel “fez um buraco no chão de tanto dançar”. Com 41 anos, veio de propósito da Madeira para a primeira vez no festival. Gostou muito, gostou de conhecer gente nova e até somou “duas conquistas”, brincou.

Frederico Sotto-Mayor e Tiago Lopes, de 19 e 21 anos, andam a encher os copos dos mais sedentos para ganhar um dinheirinho extra. Mas entre uma cerveja e outra, lá vai dando para espreitar os concertos. Frederico ficou convencido com Vampire Weekend, já Tiago gostou mais de Green Day e Steve Aoki.

O Alive fica-se por aqui, mas volta com certeza para o ano. As contas ainda não foram feitas, mas a julgar pelo ambiente e o número de pessoas que ocuparam o recinto, esta foi mais uma edição com balanço positivo.