A noite eleitoral na sede de campanha de Nuno Cardoso, que, além de Rui Moreira, era o outro candidato independente à Câmara do Porto, foi muito pacífica. Na verdade, além do JPN, não havia, no local, outros órgãos de comunicação, bem como apoiantes do ex-presidente da Câmara do Porto.

Desta forma, Nuno Cardoso teve todo o tempo do mundo para responder a perguntas e, assim que confrontado com a percentagem de 1,08% de votos nos primeiros resultados das eleições autárquicas, afirmou, ao JPN, que os resultados ficaram um pouco aquém das suas expectativas, mas diz-se concretizado por ter conseguido levar avante a sua candidatura e por esta ter sido “a única que deixa um legado à cidade do Porto”.

Num comentário sobre os restantes candidatos, o ex-presidente da Câmara do Porto considera que a sua candidatura foi a única independente, uma vez que “a independência de Rui Moreira é uma independência mitigada, pois foi apoiado pela fação que está no poder”.

Em relação a este tópico, Nuno Cardoso comenta ainda: “Não vejo capacidade no Rui Moreira para conseguir fazer uma grande unidade. As quezílias entre [Luís] Filipe Menezes e quem é o mandante de Rui Moreira, que é Rui Rio, vão manter-se”.

Por fim, quando questionado sobre as razões dos resultados obtidos, o candidato independente faz questão de esclarecer o cenário: “Devo ter mais pessoas a subscreverem a candidatura do que votos nas eleições. É normal, é o efeito do voto útil”.