A partir do dia 1 de julho, o Planetário do Porto vai encerrar temporariamente para modernizar o espaço e a tecnologia. Filipe Pires, membro da equipa do planetário portuense, garante que a mudança vai ser grande.
O sistema de projeção, por exemplo, no planetário há quase 16 anos, ainda é de uma tecnologia clássica. O projetor atual é um Zeiss Sacemaster RFP DP3 e “já está cansado de tantos anos de trabalho”, pelo que as suas peças avariam frequentemente. Apesar de ter a capacidade de projetar cerca de seis mil estrelas de ambos os hemisférios terrestres, “todos os planetários estão a mudar para a tecnologia digital”.
Planetário do Porto
O Planetário do Porto é gerida pelo Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP), desde a extinção da Fundação Ciência e Desenvolvimento (FCD), em 2013. Até então, o planetário portuense estava sob a gerência da Fundação, que tinha a Câmara Municipal do Porto e a Universidade do Porto como fundadores.
Filipe Pires afirma ainda que, no início de julho, o Planetário se vai preparar para as mudanças que vai sofrer durante a remodelação. A primeira melhoria vai recair nas condições das salas, nomeadamente no sistema de ar condicionado. De seguida, a cúpula interior também vai ser remodelada para poder albergar o novo sistema digital e só depois é que o planetário vai sofrer a mudança tecnológica. A limpeza, no final da remodelação, também é importante para não danificar os novos equipamentos.
Desta forma, espera-se que as obras no Planetário do Porto estejam prontas no final de 2014. Filipe Pires pensa que “as obras deverão estar concluídas em três meses ou, na pior das hipóteses, até dezembro deste ano”.
Na reabertura do planetário, os seus visitantes terão à sua espera novas atividades. Com o sistema de vídeo embutido, as imagens são projetadas à volta dos espectadores. Filipe Pires adianta também que o planetário vai produzir filmes próprios e novas sessões de entretenimento.