A Mostra da Universidade do Porto (UP) recebeu, este ano, cerca de 18 mil visitantes oriundos de toda a região norte. Para além de mostrar, o conceito deste ano foi também “experimentar” a UP.

Raul Santos, assessor de imprensa da UP reforça ao JPN que “houve um esforço de tornar a mostra mais interativa”. A organização fez questão de proporcionar aos visitantes atividades práticas e interativas, permitindo que os mesmos se sentisse parte da mostra.

Num espaço que permitiu o contacto a todos os cursos integrantes da universidade, o dinamismo foi protagonista. Este ano, a intenção foi tornar a mostra “mais do que uma mera exposição”. Ainda assim, Raul Santos ressalvava que os estudantes continuaram a ter toda a informação “mais teórica” disponível.

Nas edições anteriores o recinto estava organizado de outra forma: havia uma divisão entre o ponto da informação e o ponto da experimentação. A 14ª edição decidiu fundir as duas partes, de modo a que “cada faculdade tinha as duas funções integradas”. O maior enfoque foi a interatividade para que “o visitante pudesse meter as mãos e experimentar”.

Nos primeiros dois dias, por serem dias de semana, a mostra atraiu um público escolar que previamente agendou as visitas guiadas. O fim de semana, de acordo com a organização, atraiu “mais os curiosos e os estudantes que vêm a título individual”. Esta dicotomia de públicos influencia a forma como a universidade faz a comunicação.

Por um lado, “boa parte da comunicação e do esforço de promoção é feito diretamente junto das escolas” e  há o esforço de realizar a mostra de acordo com o calendário escolar dos estudantes do Ensino Secundário. A comunicação com o outro público é feita através dos diferentes órgãos de comunicação social e das redes sociais. Um dos grandes objetivos da mostra é atingir “um maior número e heterogéneo número de pessoas”.

“O público chega cada vez mais bem informado”, afirma o assessor da Universidade do Porto. As dúvidas dos futuros universitários são cada vez mais especificas e práticas e na maioria não “tanto sobre o curso que querem tirar, mas mais em que áreas se podem especializar”.

Os estudantes do Ensino Secundário da região norte são o público alvo principal da mostra que ocorre todos os anos. Raul Santos salienta que chegar a estudantes das zonas centro e sul do país é mais difícil porque “exige uma deslocação e gastos maiores por parte das escolas”.

Para a próxima edição do evento o dinamismo e a interatividade vão continuar a ser o mote principal. Não só pelo sucesso da 14ª edição, mas também pelo facto da organização reconhecer que é a melhor forma de mostrar aos futuros caloiros o que melhor se faz na Universidade do Porto.

Artigo editado por Sara Gerivaz