No campeonato da esperança média de vida português, os homens estão cada vez mais perto das mulheres. De acordo com um relatório divulgado esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no período de 2014-2016, os homens tiveram um ganho de três meses e as mulheres de 1,2 meses na esperança média de vida à nascença, face aos valores de 2013 e 2015.

Atualmente, a esperança de vida estimada para a população total é de 80,6 anos: para os homens, situa-se nos 77,6 anos e para as mulheres nos 83,3 anos.

Na última década, o sexo masculino ganhou quase mais três anos de esperança de vida, enquanto que as mulheres somaram mais dois anos. Deste modo, o total da população também viu a sua esperança média de vida a aumentar — um crescimento que se situa nos 2,44 anos.

No referido documento, o INE justifica que “o acréscimo da esperança de vida à nascença das mulheres nos últimos dez anos resultou maioritariamente da redução na mortalidade nas idades iguais ou superiores a 60 anos. Nos homens, o aumento da esperança de vida à nascença foi sobretudo proveniente da redução da mortalidade nas idades inferiores a 60 anos, em particular entre os 35 e os 59 anos”.

Aos 65 anos, a esperança de vida também aumentou na última década. No que diz respeito aos homens, podem contar com mais 17,44 anos e as mulheres com mais 20,73 anos. A esperança média de vida aos 65 anos da população geral atingiu os 19,31 anos.

Relativamente ao número de óbitos em Portugal no período de 2014-2016, a maioria (65,2%) ocorreu em idades iguais ou superiores a 80 anos. Pouco mais de metade (54,9%) das mortes do sexo masculino concentravam-se nesta faixa etária. A percentagem de óbitos do sexo feminino nestas idades é superior à dos homens: 74,8%.

Artigo editado por Rita Neves Costa