O último dia do Meo Marés Vivas foi uma boa conclusão para os três dias vividos, em Vila Nova de Gaia. O festival recebeu, este domingo, Sting e a lenda do rock foi recebida por uma multidão composta por diferentes gerações.

Antes da atuação principal, o dia começou com Tainá no Palco Santa Casa. A tarde continuou com o hip-hop de DOMI no Bloco Moche. O recinto começava a compor-se com pessoas de todas as idades preparadas para o que estava para chegar à noite.

De volta ao Palco Santa Casa, Maria Bradshaw estreou-se em concertos no Marés Vivas. A cantora apresentou temas do primeiro álbum e interpretou alguns clássicos, como “Sweet Dreams (Are Made of This)”.

Maria Bradshaw

Maria Bradshaw Foto: Joana Nogueira

Pouco depois, Tiago Nacarato abriu o Palco MEO. Depois do sucesso no programa “The Voice Portugal”, o artista tem construído um repertório próprio e exibiu-o no palco principal do Marés Vivas.

O final da tarde chegou com a entrada dos Morcheeba. A voz e o carisma inconfundíveis da vocalista Skye Edwards conquistaram o público. A banda britânica conseguiu reações fortes às canções interpretadas, mesmo para aqueles que contactavam pela primeira vez com o conjunto.

Skye Edwards dos Morcheeba Foto: Joana Nogueira

Aproximava-se o regresso de Sting, dois anos depois da última atuação no Marés Vivas. Os mais velhos aguardavam para ouvir os temas que sempre acompanharam as suas vidas, enquanto os mais novos queriam ver ao vivo a lenda transmitida pelos pais.

À hora certa, com pontualidade britânica, o ex-vocalista dos Police entrou em palco. “Message in a Bottle” fez as honras para um alinhamento que comemorou a carreira de Sting. A plateia do Marés Vivas cantava não só as letras, mas também as melodias, como no caso de “Englishman in New York”. As composições icónicas do baixista estão tão assentes no coração dos seus fãs como as palavras que as constituem.

Sting

Sting Foto: Joana Nogueira

Quase 50 anos de carreira podem cansar um artista, por isso, Sting apresentou algumas mudanças em certos temas populares, como no caso de “Shape Of My Heart”. Dando destaque a novos talentos da música, ficou evidente como o britânico valoriza e explora os diferentes géneros artísticos.

“Desert Rose”, “Roxanne” e “Every Breath You Take” foram as faixas que levaram o concerto para o fim da parte principal. Todas elas cantadas por miúdos e graúdos, unidos por uma das maiores figuras da história do rock. No encore, a já esperada “Fragile” encerrou com melancolia um concerto que celebrou Sting e o carinho dos seus fãs.

A animação da madrugada no Palco MEO ficou a cargo dos HMB. A banda portuguesa trouxe a habitual energia contagiosa. Mais tarde, no Bloco Moche, Bispo deu o concerto derradeiro desta edição do Marés Vivas, antes do último set de DJ Oder.

HMB

HMB Foto: Joana Nogueira

O festival superou as 35 mil entradas diárias, o que apesar de estar abaixo das 40 mil projetadas antes do festival, deixou a organização satisfeita. Ao jornal “Público”, Jorge Lopes, da PEV Entertainment, afirmou mesmo que esta edição do Marés Vivas foi “a melhor de sempre“. Ainda sem data assegurada, é esperado que o evento regresse para o ano.

Artigo editado por Filipa Silva