Se, por estes dias, se deparar com o semelhante a uma trincheira vencida pela relva em plena Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP) saiba que está a observar uma obra da coleção de Serralves, que por ali ficará até 30 de janeiro. Jardin Suspendu (2008) da palestiniana Mona Hatoum (1952) é um dos trabalhos artísticos que, a partir desta quinta-feira, vão estar patentes em quatro instituições de ensino superior da cidade, inseridas na mostra Studentato, parceria entre a Fundação de Serralves e a Federação Académica do Porto. 

As inaugurações começam às 15h30 pela Universidade Católica do Porto e por um conjunto escultórico de Rui Chafes (1966). Duas peças compõem a escultura de ferro pintado Secreta Soberania, que o Prémio Pessoa de 2015 concebeu para o Jardim Botânico da Universidade do Porto, em 2000, por ocasião da exposição “A Experiência do Lugar”.

  • “Numa Ssemana só”, de Alfredo Queiroz Ribeiro, vai estar no ISEP.
  • “Secreta Soberania”, de Rui Chafes, vai ficar na U.Católica do Porto.
  • “Jardin Suspendu”, de Mona Hatoum, vai ficar na FFUP.
  • “Curvatura”, de Zulmiro de Carvalho, vai ficar na FEP.

Segue-se, no plano de inaugurações, o verde jardim suspenso de Hatoum, na FFUP, às 16h30. Uma hora depois, assinala-se, no Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), a mostra pública da escultura Numa semana só (1971) de Alfredo Queiroz Ribeiro (1939-1974). O programa encerra com a Curvatura de Zulmiro Carvalho (1940) na muito retilínea Faculdade de Economia do Porto (a partir das 18h30).

“Num período marcado pelo regresso dos estudantes aos espaços de ensino após uma ausência prolongada, esta iniciativa surge com forma de celebração do studentato – termo italiano que alude à “vida de estudante” não só na área académica como também ao nível da formação extracurricular dos universitários – pensando nestes espaços de aprendizagem como importantes lugares de encontro, de formação e de experiência”, justifica a Fundação de Serralves em comunicado.

Todas as obras ficam patentes até 30 de janeiro de 2021, com exceção das obras de Rui Chafes que ficam na instituição, localizada na Foz do Douro, até 25 de julho do próximo ano. A curadoria da mostra que procura “pontes com as diferentes áreas de saber e com a natureza dos espaços onde se inserem” é de Joana Valsassina. 

A inauguração da mostra contará com as presenças da presidente da Fundação de Serralves, Ana Pinho, do diretor do Museu de Serralves, Philippe Vergne, do reitor da Universidade do Porto, António Sousa Pereira, da presidente do Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa, Isabel Braga da Cruz, do presidente do Instituto Politécnico do Porto, João Rocha, e do Presidente da Federação Académica do Porto, Marcos Alves Teixeira, assim como dos diretores de várias faculdades e institutos  e presidentes das associações de estudantes.