Proprietários e funcionários do setor da restauração, bares e comércio manifestaram-se, na tarde de sexta-feira, na Avenida dos Aliados, no Porto. Os profissionais reivindicam do Governo apoios financeiros ao setor, assim como a reposição de horários, benefícios fiscais e ajudas nos contratos de arrendamento.
“A Pão e Água” é o nome do movimento que une profissionais de algumas das áreas mais afetadas pela pandemia, cuja situação económica se agravou pelas recentes limitações de horário de funcionamento decretadas pelo Governo. O objetivo é melhorar as condições de trabalho do setor dos bares e discotecas, eventos, restauração, comércio e fornecedores diretos e indiretos de todo o país.
Durante o protesto, várias pessoas mostraram desagrado perante a decisão do Governo de encerrar a restauração às 13h00 nos fins de semana de 14, 15, 21 e 22 de novembro, e afirmaram não ter dinheiro para pagar as despesas habituais e os ordenados dos funcionários, tendo em conta o horário de funcionamento reduzido e o menor fluxo de clientes.
Os bombeiros intervieram quando foram incendiados caixões, como gesto simbólico de luto pelos negócios que estão a fechar. Além da revolta, houve muita emoção que acabou por gerar confrontos, ainda que breves, entre os manifestantes e a polícia.
A manifestação contou com a presença do chef de cozinha Ljubomir Stanisic, que quis dar apoio aos colegas de profissão. O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, falou aos protestantes, afirmando compreender as dificuldades que atravessam e que “são necessários mais apoios”. O autarca lembrou que a Câmara do Porto, entre outras medidas, anunciou a isenção de taxas e licenças até ao fim de 2021.
Artigo editado por Filipa Silva