Segundo a OPMI, Portugal é o terceiro país do mundo e o primeiro da Europa com mais mulheres inventoras. Cuba lidera o top, país onde mais de metade das patentes são registadas por mulheres.

Portugal é o país europeu mais bem classificado no ranking. Fotografia: CDC/Unsplash

Portugal é o terceiro país do mundo e o primeiro da Europa com mais mulheres inventoras. São dados da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI/WIPO), que revelam a percentagem de pedidos de patentes internacionais por parte de inventoras em 2021.

Em todo o mundo, a média de mulheres candidatas ao pedido de patentes é de 17%. Portugal é o país europeu mais bem classificado no ranking, em terceiro lugar geral, seguido pela Roménia na sexta posição e pela Espanha em décimo.

Cuba e Filipinas foram os países com os valores mais altos na tabela, com 53% e 38% respetivamente. Cuba destaca-se por, além de superar largamente a média global, possuir mais de metade dos requerentes de patentes registados a serem mulheres.

O outro país que se evidencia pela classificação acima da média é a China, com 24% de mulheres inventoras.

No lado oposto está o Japão, que possui um dos piores desempenhos, com 10% de inventoras. Da mesma forma, Índia, Emirados Árabes Unidos e Indonésia alcançaram pontuações baixas.

Outros grandes países da Europa, desde a Alemanha e o Reino Unido à Itália e à Suécia, ficaram abaixo da média do mundo. Já os Estados Unidos e a França têm resultados coincidentes com o resultado médio global.

Portugal apresenta a 4.ª maior taxa de mulheres engenheiras e cientistas da UE

Segundo o estudo mais recente da Eurostat, Gabinete de Estatísticas da União Europeia, em Portugal, mais de metade de engenheiros e cientistas são mulheres (51%), o que coloca o país dez pontos acima da média da UE(41%).

As mulheres têm desempenhado um papel mais ativo na promoção da inovação e do progresso científico e tecnológico, apontam os dados do país e globais. No entanto, preconceitos e estereótipos ainda afastam raparigas e mulheres destas áreas, referem organizações como a Assembleia Geral das Nações Unidas.

Com o objetivo de alertar para esta desigualdade de género, que penaliza oportunidades e carreiras das mulheres nas áreas da ciência, tecnologia e inovação e para garantir um acesso pleno e equitativo nestas áreas, esta assembleia da ONU declarou que no dia 11 de fevereiro se passaria a celebrar, anualmente, o Dia Internacional da Mulher e das Raparigas na Ciência.

Artigo editado por Tiago Serra Cunha