Portugal estava já com 17 focos de infeção por vírus da gripe aviária. O primeiro foi confirmado a 30 de novembro de 2021, no concelho de Palmela, em Setúbal. O de Vila do Conde, detetado na freguesia de Gião, foi anunciado pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) a 3 de março e elevou este número para 18.

Em comunicado, a DGAV avança que fruto desde novo foco detetado, foram implementadas medidas de controlo, nomeadamente, a “inspeção ao local onde foi detetada a doença e a eliminação dos animais afetados“, bem como a “inspeção e notificação das explorações que detêm aves existentes nas zonas de proteção num raio de 3 quilómetros em redor do foco e de vigilância num raio de 10 quilómetros em redor do foco”.

A DGAV apelou ainda a todos os detentores de aves que “cumpram com rigor as medidas de biossegurança e das boas práticas de produção avícola”, de modo a “evitar contactos diretos ou indiretos entre as aves domésticas e as aves selvagens”.

“Devem ser reforçados os procedimentos de higiene de instalações, equipamentos e materiais, bem como o rigoroso controlo dos acessos aos estabelecimentos onde são mantidas as aves”, declara a DGAV em comunicado.

Fruto deste surto, a autarquia de Vila do Conde ativou a “implementação de um plano de contingência para a gripe aviária”, em articulação com as juntas e uniões de freguesia, de modo a que as medidas referidas pela DGAV sejam postas em funcionamento.

Entre as medidas a implementar nos concelhos em vigilância, publicadas online pela DGAV, está a proibição da circulação de aves detidas, de ovos para consumo humano e de subprodutos animais obtidos de aves detidas, a partir de e para estabelecimentos aí localizados; da circulação de ovos para incubação a partir de estabelecimentos aí localizados; do repovoamento de aves de espécies cinegéticas; de feiras, mercados, exposições e outros ajuntamentos de aves detidas; e da circulação de carne fresca, incluindo miudezas, e de produtos à base de carne de aves detidas e selvagens a partir de matadouros ou estabelecimentos de manipulação de caça aí localizados.

A autarquia vilacondense menciona ainda, em comunicado que, de forma a “mitigar” o foco de infeção, a Câmara Municipal de Vila do Conde “promoveu uma sessão pública de esclarecimento na Junta de Freguesia de Gião e a distribuição de um flyer informativo por todo o concelho”.

Para além destas medidas, a autarquia avança também que, por precaução, foi encerrado temporariamente o Parque João Paulo II, “onde coabitam aves selvagens”.

Na última quarta-feira (9), a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim afirmou, em comunicado, que o concelho, por estar situado “num raio de 10 quilómetros em volta do local afetado”, está sob vigilância e, como tal, está sob as medidas impostas pela DGAV no concelho vizinho, onde surgiu o foco de infeção, até ao dia 3 de abril.

Para além dos municípios de Vila do Conde e Póvoa de Varzim, os concelhos da Trofa, Maia e Matosinhos também estão sob as medidas impostas pelas DGAV, dado se encontrarem num raio de 10 quilómetros do local onde se deu o foco de infeção.

Artigo editado por Filipa Silva