A seleção do Qatar venceu a Taça Asiática após bater a Jordânia por 3 a 1, com um 'hat-trick de penalidades do extremo esquerdo Akram Afif. Os anfitriões seguraram o título que tinham conquistado na última edição da prova, em 2019.

Akram Afif durante cobrança de penalidade na final. Foto: AFC

O Qatar, país anfitrião da 18.ª edição da Taça Asiática, venceu a prova este sábado (10), naquele que foi o segundo título consecutivo da seleção no torneio. Com uma grande atuação de Akram Afif, que marcou um hat-trick de penáltis e consagrou-se também o melhor jogador da competição, o Qatar venceu por 3-1. A Jordânia, embora derrotada, fez uma excelente campanha, tendo derrotado a favorita Coreia do Sul na meia-final e chegado à sua primeira final na competição.

Os truques de Akram Afif

Embora tenha tido uma breve passagem pela Europa quando mais jovem, Akram Afif joga desde 2018 no Catar. A qualidade do seu jogo é a prova de que o futebol não é eurocêntrico: nas últimas duas edições da Taça Asiática, Afif acumulou nove golos e 13 assistências pelos Castanhos, participando diretamente em dois terços dos golos de sua seleção. Nesta Taça Asiática, marcou oito golos, facto que lhe rendeu os prémios de melhor jogador da competição e melhor marcador.

Na final contra a Jordânia, Afif fez do Estádio Lusail o palco do seu espetáculo. Aos 20 minutos, sofreu falta de Abdallah Nasib ao entrar na grande área, em velocidade, e após dois minutos de revisão do VAR e reclamações dos jogadores da Jordânia, converteu a penalidade no canto inferior direito de Yazeed Abulaila. Para comemorar o golo, Afif fez um truque de magia, tirando uma carta da sua caneleira.

Os Castanhos quase alargaram a vantagem após um cabeceamento perigoso de Lucas Mendes, brasileiro naturalizado qatari, aos 33 minutos. Nos descontos, foi a vez da Jordânia quase conseguir empatar a partida, mas o remate de Musa Al-Taamari foi bloqueado por Mohammed Waad.

No segundo tempo, o controlo foi da Jordânia. Aos 59 minutos, a finalização acrobática de Yazan Al-Arab foi defendida por Meshaal Barsham, que também interveio num remate perigoso logo no minuto seguinte. Na recarga, Ali Olwan perdeu aquela que teria sido a maior chance da Jordânia até essa altura, com uma finalização de letra que passou rente ao poste esquerdo do guarda-redes qatari.

Akram Afif no chão após sofrer penálti na final da Taça Asiática Foto: AFC

No minuto 67, a Jordânia finalmente conseguiu transformar o seu domínio num golo, quando Yazan Al-Naimat impôs-se fisicamente dentro da grande área e fuzilou a rede adversária com um remate de pé esquerdo. Contudo, a falta de disciplina da Jordânia dentro da sua grande área acabou por ser fatal para as suas chances na partida.

Dois minutos depois do empate, o Qatar lançou-se ao ataque e, ao entrar na grande área jordana, Ismail Mohamad sofreu falta na grande área. Da marca dos 11 metros, Afif converteu e deu novamente ao qatar a vantagem no placar: 2-1 para os da casa.

Ao cair do pano, já nos descontos, Afif revelou a sua última magia: um truque da cartola. Após sofrer outro penálti, desta vez ao tentar driblar o guarda-redes jordano, Afif marcou o terceiro golo e completou um hat-trick histórico na final da Taça Asiática para selar a vitória do qatar.

A seleção anfitriã sagrou-se campeã com a maior quantidade de golos marcados (14), o melhor marcador (Afif, 8), o melhor jogador (Afif) e o melhor guarda-redes (Barsham). Os Castanhos, comandados pelo selecionador espanhol Tintín Márquez, terão a oportunidade de reter seu título de campeões e tentar um inédito tricampeonato em 2027, quando a Taça Asiática será sediada na Arábia Saudita.

Como foi o trajeto dos finalistas?