A única prova que as atletas da equipa das águias e do Sporting Clube de Portugal não ganharam foram os 60 metros barreiras, com triunfo de Catarina Karas, do Jardim da Serra.

No setor masculino, Benfica venceu por um ponto o Sporting. Foto: Luís Barreto/FPA

Envoltos em alguma polémica, os Campeonatos Nacionais de Clubes em pista coberta terminaram no domingo (11) com a vitória do Benfica no masculino e no feminino, uma dobradinha que fugia à equipa das águias há 30 anos.

No Expocentro, em Pombal, o clube da Luz bateu o Sporting no setor masculino por apenas um ponto de vantagem (97-96) – no ano passado tinha perdido por meio ponto – e venceu no quadro feminino por três pontos.

No masculino, o vencedor foi anunciado com 30 minutos de atraso devido a protestos dos leões, que se queixaram aos juízes pelo facto de um atleta do Benfica ter corrido vestido de preto, sem a camisola do clube. Ao “Record”, Paulo Reis, diretor do atletismo do Sporting, explicou que o protesto “foi indeferido, alegadamente por os juízes não terem avisado o atleta benfiquista dessa desconformidade” com os regulamentos. 

Benfica pôs fim a 12 títulos consecutivos do rival Sporting

No feminino, os encarnados colocaram um ponto final na sequência de 13 vitórias consecutivas do Sporting, com 93 pontos contra os 90 do clube de Alvalade.

No terceiro lugar, ficou o Jardim da Serra, a única equipa a conseguir sair do Expocentro com uma vitória, para lá do Benfica e do Sporting: foi com Catarina Karas, nos 60 metros barreiras.

No setor feminino, vantagem do Benfica foi mais folgada, mas pouco. Três pontos separaram as encarnadas das rivais do Sporting. Foto: Luís Barreto/FPA

No arranque da segunda jornada, o Sporting estava com sete pontos de atraso em relação ao Benfica, mas aproximou-se graças à vitória de Patrícia Silva nos 800 metros, de Fancy Cherono nos 3.000 metros e mais ainda com o grande resultado conseguido na estafeta de 4×400 metros, em que Carina Vanessa, Vera Barbosa, Juliana Guerreiro e Cátia Azevedo, venceram com 3.36,51 e selaram um recorde nacional de clubes.

O Benfica ficou em segundo lugar na estafeta e sobravam dois pontos de vantagem para as leoas. A teima foi tirada na vara, com Joana Barreto, que fez 21 saltos, a conseguir um recorde pessoal, derrotando Raquel Marques, do Sporting, e a favorita, Cátia Pereira, do Póvoa de Varzim.

Atletas do Sporting bateram recorde da estafeta de 4×400 metros. Foto: FPA

No final, o Benfica alcançou 93 pontos, o Sporting, 90 pontos, e o Jardim da Serra, 58 pontos. No quarto e quinto lugares, ficaram o Estreito e o Vidigalense, ambos com 51 pontos, enquanto o Póvoa de Varzim somou 45 pontos, mais um ponto que o Sporting de Braga, que assim desceu de divisão, tal como o Eirense que ficou em último lugar.

Os protestos sportinguistas

O Sporting venceu no salto em altura e no triplo salto, por Tiago Luís Pereira, que alcançou a melhor marca nacional do ano em altura (2,20 metros). Foram para o Sporting também os pontos da vitória nos 800 metros, graças ao argelino Mohamed Ali Gouaned.

A resposta do Benfica chegou nos 3.000 metros (Etson Barros) e nos 60 barreiras (Roger Iribarne), chegando o clube da Luz à liderança da classificação. A vitória de Francisco Belo no peso reforçou a vantagem vermelha e branca, vantagem essa que a vitória do Sporting na estafeta de 4×400 metros não consegui anular. Sobrou um ponto que deu a vitória final ao Benfica.

O Juventude Vidigalense conseguiu o terceiro lugar. Depois classificaram-se o Maia AC, SC Braga e o Jardim da Serra. Estreito e Seia acabaram despromovidos.

Editado por Filipa Silva