Em declarações ao JPN, o antigo internacional português e atual coordenador do futebol de praia da federação portuguesa projetou a estreia portuguesa, esta sexta-feira, e demonstrou confiança no que a equipa de Portugal pode fazer no Mundial.

Madjer

Madjer tem agora a coordenação do futebol de praia na Federação Portuguesa de Futebol. Foto: FPF

A seleção portuguesa começa, esta sexta-feira (dia 16), a sua jornada na 22.ª edição – 12.ª sob a organização da FIFA – do Mundial de futebol de praia. O jogo inaugural da caminhada lusa na competição está marcado para as 13h00 (hora de Portugal continental) e a seleção nacional terá como adversário o México.

O Campeonato do Mundo decorre no Dubai entre os dias 15 e 25 de fevereiro. Apesar de ser tricampeã mundial (2001, 2015 e 2019), a seleção das quinas teve uma desilusão na última edição, não conseguindo passar da fase de grupos. Este ano tem pela frente o Brasil, recordista de títulos mundiais (14), Omã e o México. Os dois primeiros classificados de cada grupo apuram-se para os quartos de final, que estão marcados para quinta-feira, dia 22 de fevereiro.

“A principal característica desta geração é a ambição”

A projetar a participação de Portugal neste Mundial, Madjer vê a equipa portuguesa muito “focada” e em clara evolução. “A equipa preparou-se bem, primeiro em Marrocos, depois em Omã, na semana passada, e finalmente no Dubai para a melhor competição. do mundo”, sublinhou. O coordenador de futebol de praia também citou o selecionador Mário Nárciso, que disse “se não acreditasse que Portugal pudesse vencer o Mundial, não teria ido a Dubai”, quando questionado sobre as possibilidades de conquistar a prova. “Uma coisa posso garantir: os jogadores darão tudo pelo seu país e eles querem dar mais uma alegria a todos os portugueses”, afirma Madjer.

Seleção de Portugal estreia contra o México e tem como grande adversário o Brasil, a quem não vence desde 2011. Foto: FPF.

Relembrando a última participação de Portugal num Mundial, em 2021, apontou “imensas adversidades com jogadores-chave”, o que acabou por causar a queda da seleção portuguesa ainda na fase de grupos. Já em relação à estreia contra o México, disse que os jogos de abertura nunca são fáceis para nenhuma das seleções, por se tratarem das principais equipas do mundo.

Majder também falou dos adversários portugueses ainda na primeira fase e afirmou que Portugal quer jogar contra as melhores equipas. Acima de tudo, apontou o duelo contra o Brasil (no domingo, dia 18, às 21h00), como o “clássico mais esperado pelos adeptos”. Mesmo que tenha superado os brasileiros em apenas cinco oportunidades nos 47 jogos realizados entre as seleções, o ex-jogador afirmou que Portugal “dará tudo” para sair vitorioso.

Sobre Omã, o terceiro adversário de Portugal, Madjer aponta que se trata de “outro dos conjuntos que sonham alto no torneio”. Trata-se de “uma equipa muito física, com jogadores evoluídos tecnicamente, que darão tudo do primeiro ao último segundo”.

Em relação às equipas favoritas, vincou a dificuldade de nomear equipas quando a competição envolve as 16 melhores seleções do mundo do futebol de praia. No entanto, o coordenador da Federação Portuguesa de Futebol ressaltou a vontade de lutar da seleção portuguesa para sair campeã.

Por fim, ao analisar o grupo de jogadores, acredita que a principal característica da geração portuguesa é “a ambição”, fruto de um legado deixado pelas antigas gerações. Madjer, autor de 1082 golos e dono de mais de 40 títulos em 22 anos de carreira no futebol de praia, diz que a mescla entre a experiência aliada à juventude é o segredo que mantém a seleção no topo, além do investimento realizado pela federação para aumentar ainda mais o número de jogadores na modalidade.

Editado por Filipa Silva