Esta quinta-feira (22), o Coliseu do Porto Ageas dá as boas-vindas à escritora Hélia Correia, ao neuropsicólogo Miguel Moura e ao professor e investigador José Neto, para uma conversa sobre a intuição.

A proposta de concessão do Coliseu do Porto a uma entidade privada para a reabilitação do espaço foi anunciada no final de janeiro.

A sessão vai decorrer no Coliseu do Porto. Foto: Wikimedia

O Coliseu do Porto Ageas vai receber, esta quinta-feira (22), o evento “O Sexto Sentido: Podemos confiar na intuição?”, a propósito do Dia Mundial do Pensamento. A conversa que vai ser realizada a partir das 18h00, no Salão Jardim, vai contar com a presença da escritora Hélia Correia, do neuropsicólogo Miguel Moura, e do professor e investigador em Desporto de Alta Competição, José Neto. Quem também vai marcar presença nesta sessão é a jornalista Helena Teixeira da Silva, que vai moderar o debate.

O evento está incluído num projeto promovido pelo Coliseu do Porto Ageas, o “Mantras Coliseu”. Todos os meses, no âmbito desta iniciativa, é levada à sala de espetáculos uma temática diferente, que depois é debatida. Neste caso, no mês de fevereiro, o tema escolhido recai sobre o binómio “Intuição > Decisão”.

De acordo com a informação disponibilizada pelo site oficial do Coliseu, o evento foi inspirado pelo momento eleitoral do próximo dia 10 de março, ressaltando que é também este ano que se celebram os 50 anos do 25 de Abril.

Na sinopse do debate impõe-se a questão: “Estará a intuição mais próxima da noção de pressentimento ou de conhecimento efetivo?”. Isto porque, a intuição é algo que desde sempre tem vindo a despertar curiosidade e diferentes mitos. Descrita por alguns como “o sexto sentido”, é definida como a capacidade de saber como agir em determinadas situações sem razão aparente.

Cada um dos oradores vai ter um papel diferente na discussão desta temática. A escritora, galardoada com o prémio Camões em 2015, vai apresentar a sua perspetiva no que diz respeito à intuição na literatura. Recentemente, em entrevista ao jornal “Público”, Hélia Correia explicou que escreve “de uma forma completamente cega, por instinto” e que em diversos momentos fica “à espera de que a frase venha”. Sem saber muitas vezes o que responder quando lhe perguntam qual a intenção no uso de determinadas palavras, a escritora esclarece que “não há, de forma alguma, uma premeditação (…) só sei dizer que me apareceu”.

Já do ponto de vista de Miguel Moura, neuropsicólogo, a intuição consiste num conjunto de conexões às quais o cérebro recorre, sendo esta uma abordagem mais ao nível da informação sensorial e também do conhecimento alojado nas memórias, proveniente de experiências passadas. Por outro lado, o mestre em Psicologia do Desporto e Doutorado em Ciências do Desporto José Neto propõe que a intuição faz parte das competências e estratégias operacionais para uma melhor performance ao nível da alta competição.

A conversa, com duração prevista de uma hora e meia, vai ter entrada gratuita, mediante o levantamento prévio dos respetivos bilhetes. Estes já estão disponíveis na bilheteira do Coliseu e podem ser levantados desde as 13h00 de hoje, quarta-feira (21), até à hora do evento. A lotação está sujeita à limitação do espaço.

Editado por Filipa Silva