A CDU realizou, durante a tarde desta sexta-feira (8), no Porto, a última arruada desta campanha com Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP. Os comunistas fecham a campanha com um comício em Braga.

Eleições legislativas realizam-se este domingo (10). Foto: Leonor Couto/JPN

Alguns minutos antes do arranque da arruada, quando já tinham sido distribuídas as bandeiras e, também, as capas impermeáveis, a chuva deu tréguas e a caravana da CDU saiu à rua.

Os militantes e os apoiantes do partido concentraram-se na Praça da Batalha. Após a chegada do secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, pelas 18h00, alinharam-se e deram início à arruada comunista, que percorreu as ruas da Invicta até ao Coliseu do Porto.  A Paulo Raimundo juntaram-se centenas de apoiantes que, mesmo com a chuva e o vento, se fizeram ouvir. “A CDU avança, com toda a confiança“, ouvia-se.

Depois da breve arruada que passou pelas ruas portuenses, os comunistas seguiram até ao Coliseu do Porto, onde o líder comunista discursou pela última vez, durante a campanha no Porto. A poucas horas de terminar a campanha eleitoral, Paulo Raimundo usou grande parte do tempo para apelar ao voto.

Raimundo não mencionou partidos, mas disse que, nas últimas horas, tem-se ouvido “um apelo à concentração de votos”. “Estamos de acordo com isso. É preciso de facto concentrar votos, concentrar votos pelos salários, concentrar votos pelas reformas, concentrar votos pelo Serviço Nacional de Saúde, concentrar votos pela habitação, concentrar votos para pôr a banca a pagar o aumento das taxas de juro, concentrar votos pelo ambiente, pela cultura”, afirmou, concluindo que essa concentração de votos “tem de ser na CDU”.

Durante a sua intervenção, Paulo Raimundo denunciou ainda os “truques de sempre“, assentes na “chantagem” e na “pressão“, para “tentarem decidir pelo povo“.

“Nestas horas finais da campanha eleitoral, temos ouvido uns que pedem votos para que tudo ande para trás, outros que pedem votos para que tudo fique na mesma e, depois, há a CDU que pede os votos e mais força e mais deputados para que a vida de cada um ande para a frente“, acrescentou.

Embora tenha confessado, no início da sua intervenção, que a voz começava a acusar cansaço depois de 13 dias de campanha, o líder comunista terminou com energia e confiança dizendo aos apoiantes: “Mesmo que acabe a voz, não acaba a força”.

Como já é habitual, no fim do discurso de Raimundo, os comunistas entoaram a canção “Grândola Vila Morena”, de José Afonso, cantaram o hino nacional e terminaram em ambiente de festa ao som do hino do partido.

Mais tarde, a caravana comunista dirigiu-se para Braga, onde vai acabar a campanha eleitoral com um comício de encerramento.

Editado por Inês Pinto Pereira