O partido defende o aumento da licença de maternidade para dois anos, redução do IRS consoante o número de filhos, imigração seletiva, bem como a transição para um sistema presidencialista. A Nova Direita foi fundada em abril de 2022, mas só em janeiro de 2024 recebeu "luz verde" do Tribunal Constitucional.

O partido tem privilegiado o contacto com a população. Foto: Leonor Couto/JPN

Aprovado pelo Tribunal Constitucional em janeiro, o partido Nova Direita concorre pela primeira vez às eleições legislativas e apresenta candidatos por todos os círculos eleitorais no continente.

A Nova Direita apresenta-se como um partido patriota, conservador, de direita moderna e com foco nas famílias. Entre as propostas do partido, está o aumento da licença de maternidade para os dois anos, redução do IRS consoante o número de filhos, imigração seletiva, revogar a lei da eutanásia, apostar na energia nuclear e a transição para um sistema presidencialista.

O rosto do partido é Ossanda Liber e o nome já é repetido na história política do país, mas agora com uma bandeira diferente. Ossanda concorreu à Câmara Municipal de Lisboa, como independente, nas últimas eleições autárquicas, tendo conseguido pouco mais de 850 votos. Foi ainda candidata ao círculo eleitoral da Europa nas eleições legislativas de 2022, pelo partido Aliança, onde era vice-presidente.

Durante a campanha para as Legislativas de 10 de março, o partido tem percorrido o país com arruadas, privilegiando o contacto próximo com a população. O JPN acompanhou uma dessas ações e conversou com a presidente do partido.

Ossanda Liber afirma que o partido é “o equilíbrio que falta à outra direita” e garante que é a solução que permite “aumentar viabilidade e estabilidade ao próximo governo de direita”.

Vamos representar uma direita que está em falta na Assembleia da República, isto é, a direita dos valores, da família, convicta do futuro, da juventude, com energia e ideias e, sobretudo, com muita coragem, que, neste momento, falta ao PSD, e com sentido de responsabilidade que falta ao Chega”, referiu.

A Nova Direita começou a campanha no Porto, no dia 24 de fevereiro, a partir da Rua de Santa Catarina. Durante a ação, visitaram o Mercado de Bolhão, ouviram os vendedores e quem por lá passava. De seguida, desceram pela Avenida dos Aliados até à Ribeira e terminaram no Cais de Gaia.

Na ação de campanha estiveram também presentes a cabeça de lista pelo círculo eleitoral do Porto, Sofia Perestrello, e a número dois pelo Porto, Joana Vasconcelos.

Para Ossanda, a identidade da Nova Direita é “clara” e descreve o partido como uma “direita moderna, solidária e nacional”

Editado por Inês Pinto Pereira