Mesmo com parecer negativo da CCDR-N, a Câmara Municipal da Maia aprovou a venda dos terrenos. Os vereadores do PS votaram contra, alegando que o valor pago é insuficiente.
O Executivo da Câmara da Maia aprovou esta segunda-feira (18) a alienação em hasta pública de 140.625 metros quadrados de terreno, na freguesia de Nogueira e Silva Escura, destinado à construção da academia do FC Porto. O valor base é de 3,36 milhões de euros. A proposta tem de ser ratificada na próxima segunda-feira (25) em Assembleia Municipal.
Os vereadores do Partido Socialista (PS) votaram contra o projeto, afirmando que o valor pago por metro quadrado era insuficiente. O presidente da Câmara da Maia, António Silva Tiago, contestou a afirmação, dizendo que o preço é justo, tendo este já passado por uma avaliação independente.
Também para o presidente da Câmara da Maia, o parecer negativo da CCDR-N é um “não assunto”. O parecer indica que a construção de campos de futebol no terreno implicaria a destruição de uma área que contém materiais pré-históricos.
Numa outra intervenção, o vereador do PS Francisco Vieira de Carvalho afirmou que o terreno nem sequer está a ser comprado pelo FC Porto, mas pela ABB, uma empresa de construção minhota. Segundo o vereador, o dono da empresa, Gaspar Borges, estava em contacto constante com João Koehler e Pedro Pinho, dois empresários ligados ao FC Porto. O socialista disse que se tratam de “negócios da China”.
O FC Porto negou as afirmações do vereador em comunicado, afirmando que o terreno vai ser do clube e que não vai ser arrendado. Na mesma nota, desmentiu a participação de João Koehler e Pedro Pinho em qualquer tipo de acordo. Ambos os empresários negaram as afirmações do vereador e afirmaram que vão entrar com um processo judicial contra o autarca.
O JPN tentou entrar em contacto com o vereador Francisco Vieira de Carvalho e o grupo ABB, mas sem sucesso.
Editado por Inês Pinto Pereira